Os comentários de Agrawal surgem depois de o fundador da Tesla ter levado os investidores ao limite ao anunciar que suspendia temporariamente a compra da plataforma - que tinha anunciado por quase 44.000 milhões de dólares -, para pouco depois retificar esta informação e indicar que continuava comprometido com sua aquisição.
"Embora eu espere que o negócio seja fechado, precisamos de estar preparados para todos os cenários e fazer sempre o que for correto para o Twitter", resumiu o presidente executivo na sua conta na rede social, acrescentando que "independentemente de [quem venha a ser] o dono", a sua equipa trabalhará para oferecer um bom "produto e negócio".
Nesse sentido, Agrawal declarou-se "responsável" por liderar e operar a empresa, tomar "decisões difíceis" e dar "mais transparência" à rede social, referindo-se a algumas "mudanças de liderança" que surgiram na quinta-feira e sobre as quais reconheceu que muitos têm perguntado "porque é" que foram levadas a cabo.
Numa nota interna, o gestor anunciou a saída e substituição de dois executivos seniores, disse que suspendeu a maioria das contratações e que está a cortar despesas, supostamente por não atingir metas de crescimento, mas descartou planear despedimentos.
"As pessoas também perguntaram: porquê gerir os custos agora e não depois [do negócio] fechar? O nosso setor está num ambiente macroeconómico muito difícil. Não vou usar o negócio [de compra de Musk] como desculpa para evitar tomar decisões importantes para a saúde da empresa, nem o fará nenhum líder do Twitter", disse ele.
Após o anúncio da compra por Musk, que deve ser concluída este ano caso seja aprovada pelos reguladores, o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, afirmou publicamente confiar tanto no bilionário quanto no atual diretor executivo para dirigir a rede social.
As ações do Twitter caíram hoje quase 20% após as dúvidas iniciais de Musk sobre o acordo e moderaram a queda depois que ele ter retificado, mas fecharam o dia com um corte de mais de 9%.
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