Os Estados Unidos pressionaram os aliados a excluir a participação dos grupos chineses das redes 5G, argumentando que Pequim pode usar essas empresas para monitorar as comunicações e o tráfego de dados de um país.
Após anos de hesitação, o Canadá decidiu na quinta-feira banir os dois grupos da sua rede 5G.
"Isto segue uma revisão completa feita pelas nossas agências de segurança e em consulta com os nossos aliados mais próximos", disse o ministro da Indústria do Canadá, François-Philippe Champagne, na quinta-feira.
Pequim expressou hoje a sua insatisfação.
"A China opõe-se firmemente" a esta decisão, disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, em conferência de imprensa.
O porta-voz assegurou que o seu país vai tomar "todas as medidas necessárias" para proteger as empresas chinesas, sem avançar mais detalhes.
O desenvolvimento de redes de quinta geração permitirá aos utilizadores conexões 'online' mais rápidas e fornecerá uma vasta capacidade de dados para atender à elevada procura e ao aumento de atividades ligadas à Internet ou inovações como realidade virtual, jogos imersivos ou veículos autónomos.
A Huawei é a maior fornecedora global de equipamentos de rede para empresas de telecomunicações e tem sido um dos símbolos do progresso da China para se tornar uma potência mundial tecnológica.
O Canadá já proibiu a Huawei de participar em concursos públicos para fornecer equipamentos básicos de rede.
China, EUA e Canadá concluíram o que foi efetivamente uma troca de prisioneiros de alto risco no ano passado, envolvendo um alto executivo da Huawei que tinha sido acusado de fraude pelos EUA.
Pequim deteve dois canadianos logo após o Canadá prender Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei Technologies e filha do fundador da empresa.
Os detidos foram enviados de volta para o Canadá em setembro, alguns dias depois de Meng ter regressado à China, após um acordo com as autoridades norte-americanas.
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