Grupos de hackers russos reforçam ciberespionagem aos aliados da Ucrânia

Muitos dos ataques foram dirigidos aos Estados Unidos da América, assim como a vários países da NATO.

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Notícias ao Minuto
22/06/2022 17:35 ‧ 22/06/2022 por Notícias ao Minuto

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Ucrânia/Rússia

Grupos de hackers apoiados pelo governo russo realizaram recentemente várias operações de ciberespionagem contra países aliados da Ucrânia, revelou um relatório da Microsoft, divulgado esta quarta-feira.

"Os aspetos cibernéticos da guerra atual vão muito além da Ucrânia e refletem a natureza única do ciberespaço", afirmou o presidente da Microsoft, Brad Smith, citado pela agência Reuters.

Investigadores já teriam traçado vários ciberataques destrutivos em entidades ucranianas por parte de grupos de hackers apoiados pelo governo russo desde o início do conflito. Agora, descobriram que outras 128 organizações em 42 países também foram alvo dos mesmos grupos em atos de espionagem, apontou o documento.

Muitos dos ataques foram dirigidos aos Estados Unidos da América, assim como a vários países da NATO, a aliança militar que tem oferecido apoio à Ucrânia face à guerra com a Rússia.

Entre eles estão a Polónia, a Letónia, a Lituânia, a Dinamarca, e a Noruega, assim como a Finlândia e a Suécia, que recentemente manifestaram a sua vontade de aderir à NATO.

"Os alvos pareciam ser principalmente governos, embora também incluíssem grupos de reflexão, grupos humanitários e fornecedores de infraestruturas indispensáveis", indicou o relatório.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 15 milhões de pessoas - mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Além disso, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A ONU confirmou ainda que mais de quatro mil civis morreram e outros mais de cinco mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.

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