Ao que tudo indica, a temática do serviço de Internet por satélite Starlink também esteve em cima da mesa durante a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, que decorreu esta segunda-feira.
Ao Politico, o ministro lituano responsável por essa pasta, Gabrielius Landsbergis, referiu que o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, levantou a possibilidade de o bloco europeu assumir o pagamento necessário para manter o serviço a funcionar na Ucrânia.
Como explicou Gabrielius Landsbergis, o acesso das tropas ucranianas ao serviço Starlink não poderia ficar apenas nas mãos de uma pessoa "super-poderosa" que pudesse "acordar um dia e dizer 'Isto já não é o que me apetece fazer'".
"Pensei que seria provavelmente muito melhor ter isto como um acordo contratual entre, digamos, uma coligação de países que pudesse comprar um serviço ao sr. Musk, o serviço Starlink, e fornecê-lo aos ucranianos", acrescentou a mesma fonte.
Anteriormente, o Politico tinha também já avançado que o Pentágono estava a considerar 'pagar a conta' do serviço. Nesse caso, o dinheiro seria proveniente de um fundo destinado ao fornecimento de armas para a Ucrânia, de acordo com dois funcionários norte-americanos envolvidos no potencial acordo.
A notícia surge depois de, tal como reportado pela CNN Internacional, o CEO da SpaceX, Elon Musk, ter adiantado que a empresa deixaria de providenciar gratuitamente à Ucrânia o serviço de Internet por satélite Starlink, tendo o empresário avisado o Pentágono de que não conseguiria efetuar o financiamento.
“Não estamos em posição de continuar a doar terminais à Ucrânia ou financiar os atuais terminais por um período indefinido de tempo”, escreveu a SpaceX na carta enviada no mês de setembro, pedindo ao governo dos EUA que continuasse a financiar a rede de satélites.
Ao que tudo indica, as 'preces' de Elon Musk terão mesmo sido ouvidas, o que significa que as tropas ucranianas poderão continuar a contar com as mais-valias estratégicas que têm sido fornecidas pelo serviço Starlink.
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