O Departamento do Tesouro norte-americano divulgou esta quinta-feira que a gigante tecnológica revelou voluntariamente as alegadas violações, colaborou na investigação e tomou medidas para evitar que estas violações se repitam, cujo número o Governo eleva para 1.339.
Em causa estão as relações da filial russa da Microsoft com empresas que colaboraram com a invasão russa da Ucrânia, noticiou a agência Efe.
Segundo o Governo, em sete ocasiões, entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017, funcionários da Microsoft Rússia fizeram com que outra subsidiária da multinacional participasse ou vendesse contratos de licença de 'software' que, por sua vez, permitiam a transferência ou acesso a 'software' de empresas na lista de entidades sancionadas pelo Departamento de Comércio dos EUA.
Uma dessas entidades é a Glavgosekspertiza Rossii, que participou na construção da ponte Kerch, em 2014, para ligar a Rússia à Crimeia, após esta península ucraniana ter sido invadida por tropas russas.
A outra empresa é a United Shipbuilding Corporation, responsável pelo desenvolvimento e fabrico dos navios de guerra do Exército Russo.
"As empresas americanas devem ser responsabilizadas pelas atividades das suas filiais estrangeiras", alertou o subsecretário para o Controlo de Exportações, Matthew Axelrod, citado no comunicado.
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