Canadá alvo de ciberataque durante visita do primeiro-ministro ucraniano

O Governo do Canadá foi alvo de um ciberataque, reivindicado por 'hackers' pró-russos, durante a visita do primeiro-ministro ucraniano, adiantou esta terça-feira o chefe do executivo canadiano, Justin Trudeau, assegurando que "de forma alguma abalará o apoio à Ucrânia".

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Lusa
12/04/2023 06:35 ‧ 12/04/2023 por Lusa

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Ucrânia/Rússia

O ataque reivindicado pelo grupo NoName na rede social Telegram paralisou vários 'sites' oficiais durante algumas horas esta terça-feira de manhã.

Entre os 'sites' afetados estiveram o do chefe de Estado e do Senado, numa ação que decorreu enquanto o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, se reunia com Trudeau em Toronto.

"Não é incomum que 'hackers' russos tenham como alvo países que mostram o seu apoio inabalável à Ucrânia, que recebem delegações ucranianas ou líderes ucranianos, então o momento não é surpreendente", sublinhou o líder do Governo canadiano durante uma conferência de imprensa conjunta com Shmyhal.

Robyn Hawco, porta-voz da agência de vigilância eletrónica do Canadá, destacou que "não é incomum" decorrerem ataques de negação de serviço (DDoS) contra países que recebem visitas de membros do Governo ucraniano.

"Embora estes incidentes chamem a atenção, têm muito pouco impacto nos sistemas envolvidos", assegurou a responsável.

O primeiro-ministro ucraniano, que deve viajar para Washington em breve, e Trudeau, anunciaram esta terça-feira a conclusão das negociações destinadas a modernizar o acordo de livre comércio entre os dois países, novas entregas de armas e munições canadianas para a Ucrânia, bem como um acordo com a empresa canadiana Cameco para fornecer combustível nuclear à Ucrânia até 2035.

Otava também emitiu novas sanções contra russos e entidades russas, incluindo aquelas ligadas ao grupo paramilitar Wagner e ao setor de aviação russo, bem como ao setor financeiro bielorrusso.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Ministério da Economia com 85% do impacto do ciberataque "restabelecido"

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