Os Estados-membros da União Europeia podem mesmo vir a ser obrigados pela Comissão Europeia a excluir fornecedores de "alto risco" na implementação das tecnologias de rede 5G, entre eles a chinesa Huawei.
Em Portugal, o Conselho Superior de Segurança decidiu excluir as empresas sediadas fora da União Europeia (UE), dos EUA e de outros países da OCDE (incluindo a Huawei) das redes 5G, tornando-se num dos primeiros países da UE a acatar as recomendações da Comissão Europeia.
A indicação não parece, no entanto, ter tido tanta adesão nos restantes Estados-membros, o que, avança o Financial Times, poderá levar a Comissão Europeia a tornar a medida obrigatória.
Numa reunião na sexta-feira passada, o comissário de mercado interno da UE, Thierry Breton, terá informado os responsáveis europeus pelas pastas das telecomunicações que apenas um terço dos países da UE tinha implementado proibições, nomeadamente à Huawei, em áreas críticas da implementação da rede 5G.
Dada a fraca popularidade da recomendação da Comissão Europeia, a mesma poderá avançar com a sua obrigatoriedade, visando reforçar a cibersegurança no espaço europeu. Tal não deverá, no entanto, acontecer antes de 2024.
A Huawei tem sido forte alvo de preocupação por parte dos setores de cibersegurança na Europa e nos Estados Unidos, acreditando Washington que a empresa poderá servir os interesses do governo chinês.
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