"Esta é a maior campanha de espionagem cibernética que é conhecida, com ligações à China, desde a exploração em massa do Microsoft Exchange no início de 2021", disse o administrador para a área tecnológica da Mandiant, Charles Carmakal, em comunicado.
A tecnológica Mandiant, propriedade do Google, admitiu, com uma "elevada certeza", que o grupo que explorava a vulnerabilidade de software no e-mail Security Gateway, da Barracuda Networks, estava envolvido em "atividades de espionagem a favor da República Popular da China".
No comunicado divulgado, a Mandiant revelou ainda que a atividade de espionagem se iniciou em outubro do ano passado.
Os 'hackers' enviaram e-mails contendo anexos de arquivos maliciosos para terem acesso aos dispositivos e aos dados das organizações visadas, adiantou.
Entre as organizações visadas, 55% eram da América do Norte, Central e da América do Sul, 22% da Ásia-Pacífico e 24% da Europa, Médio Oriente e da África e incluíam ministérios dos negócios estrangeiros no sudeste asiático, departamentos de comércio externo e universidades e instituições académicas em Taiwan e Hong Kong.
Em 6 de junho deste ano, a norte-americana Barracuda afirmou que alguns dos seus dispositivos de segurança de correio eletrónico tinham sido pirateados em outubro do ano passado, dando aos intrusos acesso às redes comprometidas.
A ação foi tão grave que esta empresa norte-americana, localizada no Estado da Califórnia, recomendou a substituição total dos aparelhos.
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