A app, descrita como a versão texto da Instagram, uma plataforma de partilha de fotos da Meta, tem entre os seus utilizadores personalidades como Oprah, Shakira e Gordon Ramsay e empresas como Taco Bell, Netflix, Spotify, Washington Post e outros meios.
A Threads, que a Meta adiantou que vai fornecer "um espaço novo, próprio, para atualizações em direto e conversas públicas", surge quando há uma procura por alternativas ao Twitter, para escapar ao controlo tumultuoso de Elon Musk sobe a plataforma, desde que a adquiriu no ano passado, por 44 mil milhões de dólares.
Mas a nova app da Meta também já está a levantar preocupação com a privacidade dos seus utilizadores, o que levou à sua indisponibilidade na União Europeia.
Com efeito, a Threads pode recolher um amplo leque de informação pessoal, incluindo saúde, finanças, contactos, história de pesquisa e navegação nas redes sociais, localização, compras e 'informação sensível'.
Esta é a principal razão pela qual a Meta não lançou a Threads na União Europeia.
O funcionamento da Threads é muito similar ao da Twitter. Os utilizadores podem difundir uma mensagem já colocada na rede, responder a ou citar um tópico, por exemplo, e podem ver a quantidade de 'gostos' e redistribuições feitas de uma mensagem.
Uma mensagem na Threads pode ter até 500 carateres, o que compara com 280 na Twitter, e incluir ligações, fotos e vídeos com uma duração de até cinco minutos.
As parecenças entre as duas redes sociais sugerem que a Meta está a desafiar a Twitter diretamente. A forma tumultuosa como Musk tem dirigido a Twitter levou a várias alterações impopulares que levaram à saída de vários utilizadores e anunciantes, alguns dos quais procuram uma alternativa.
Neste panorama, a Threads é rival da Twitter mais recente, depois de Bluesky, Mastodon e Spill.
O sucesso do Threads está longe de garantido. Os observadores do setor apontam para o registo da Meta no lançamento de aplicações que mais tarde são fechadas. Um destes casos foi um sistema de mensagens no Instagram, também designado Threads, que foi encerrado menos de dois anos depois de ser lançado em 2019, recordou o vice-presidente e diretor de investigação na Forrester, Mike Proulx.
"A euforia em torno do novo serviço vai provavelmente acalmar. Mas é aparente que esta alternativa está para ficar e vai provar que é um rival credível, dados todos os problemas da Twitter", apontou o analista de tecnologia da PP Foresight, Paolo Pescatore, pressentindo que a combinação do estilo Twitter com o da Instagram pode incentivar o envolvimento dos utilizadores.
A Threads está nos seus dias iniciais. Muito vai depender da reação dos utilizadores. Pescatore acredita que a associação entre a Instagram e a Threads possa não ser evidente para todos.
"O teste real não é construir uma moda, mas encontrar valor suficiente na aplicação, para a continuar a usar ao longo do tempo", disse o dirigente da Instagram, Adam Mosseri, em mensagem colocada na Threads.
Por outro lado, reconheceu, como muitos utilizadores já o fizeram, que faltam, "toneladas de coisas básicas", incluindo 'hashtags' [etiquetas, rótulos] e a possibilidade de mensagens diretas entre utilizadores.
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