Pequim "duplicou" os seus objetivos e aumentou as suas operações de influência no exterior, afirma no documento Clint Watts, chefe do centro de análise de ameaças do gigante tecnológico.
"A China está a utilizar contas falsas nas redes sociais para determinar o que mais divide os eleitores, numa tentativa de criar barreiras e influenciar o resultado das eleições presidenciais [dos EUA] a seu favor", prossegue Watts.
Pequim "também aumentou o uso de conteúdo gerado por IA para melhor atingir os seus objetivos em todo o mundo", acrescenta.
As operações de influência chinesa continuam a "aproveitar de forma oportunista" acontecimentos como o descarrilamento de um comboio no Estado de Kentucky ou os incêndios na ilha havaiana de Maui para instigar a desconfiança em relação às autoridades norte-americanas, detalha o relatório.
As consultas nos EUA "ilustram um esforço deliberado para compreender melhor qual o setor demográfico do eleitorado norte-americano que apoia esta ou aquela questão ou posição e quais são as questões mais controversas antes da reta final" da corrida à Casa Branca.
De acordo com as conclusões do relatório, há poucas indicações sobre se estas tentativas de manipular a opinião pública estão, nesta fase, a ter o efeito pretendido por Pequim.
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