Uber faz balanço positivo de 10 anos em Portugal. "Crescimento"

O diretor-geral da Uber Portugal fez hoje um balanço positivo dos 10 anos de atividade da plataforma de TVDE no país, mas reconheceu o descontentamento de alguns motoristas que se têm manifestado por melhores condições de trabalho.

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Lusa
08/05/2024 22:00 ‧ 08/05/2024 por Lusa

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O diretor-geral da Uber Portugal fez hoje um balanço positivo dos 10 anos de atividade da plataforma de TVDE no país, mas reconheceu o descontentamento de alguns motoristas que se têm manifestado por melhores condições de trabalho.

Francisco Vilaça falava aos jornalistas durante a apresentação dos 10 anos da Uber em Portugal, cerimónia em que foi revelado que a plataforma, a primeira a operar no país, realizou 200 milhões de viagens em 195 cidades portuguesas, feitas por 12 milhões de passageiros de 150 nacionalidades.

"Olhando para os 10 anos da Uber Portugal vemos que os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística demonstram que o setor viagens ocasionais em veículos de passageiros cresceu significativamente. Foi um crescimento em faturação, em coleta de impostos, em número de empresas, em emprego líquido criado", explicou.

De acordo com o responsável pela área da mobilidade da Uber, desde 2014 "o setor cresceu", também graças ao contributo da Uber "para a disponibilização destas soluções de mobilidade aos utilizadores que precisavam dela, que procuravam e que com isso criaram todo um setor para prestar o serviço".

Segundo Francisco Vilaça, a entrada da empresa e do TVDE (Transporte Individual de Passageiros em Veículo Descaracterizado) em Portugal "triplicou o volume de negócios do transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, um aumento de 480 milhões de euros".

Além disso, e ainda de acordo com o responsável, durante esta década de operação a Uber criou "13 mil empregos líquidos, atualmente 28 mil".

Como curiosidade, Francisco Vilaça anunciou que "o utilizador mais ativo da plataforma já fez mais de nove mil viagens" e a "viagem mais longa foi entre Lisboa e o sul de França".

Questionado sobre as paralisações dos motoristas TVDE nos últimos tempos por melhores condições de trabalho, e na véspera de mais um protesto, Francisco Vilaça reiterou que a empresa "respeita todo o direito à manifestação", adiantando que ouviu "todos os pedidos e todas as necessidades que os intervenientes na indústria têm".

"É importante frisar que trabalhamos sempre para direcionar e responder a essas necessidades. A necessidade de aumento de rendimentos que vem, não só por tarifa certa, porque estamos a falar de uma indústria na qual encontrámos procura - que é o grande serviço que a plataforma presta -, e a geração de procura de necessidades de mobilidade e do serviço prestado", apontou.

O responsável salientou ainda que "é através da garantia de que existem viagens precificadas corretamente para a procura existir, para depois a oferta [dos serviços] poder ser prestada".

"É sempre nesse equilíbrio que se consegue aumentar os números, trabalhamos para melhorar tarifas, [mas] aumentar tarifas não quer necessariamente dizer aumentar rendimentos e é esse o trabalho que se deve fazer", salientou.

O responsável recordou que a empresa tem recebido "todos os participantes na indústria" de forma a conversar "sobre todos os temas colocados em cima da mesa e os planos anunciados".

Para comemorar uma década, a plataforma anunciou o lançamento de uma nova opção de viagem, o UberX Share, que permite poupar até 30% de custos ao utilizador se este partilhar a viagem com outros utilizadores que escolham a mesma opção.

Francisco Vilaça exemplificou com uma viagem de alguém que se desloque do Campo Grande ao Cais do Sodré e que poderá apanhar um utilizador no Saldanha e um outro na Almirante Reis, até chegar ao destino, e com isso ter uma viagem mais barata e ter uma escolha mais sustentável, sendo que o tempo da viagem não irá além de oito minutos do total previsto.

Para o motorista, e de acordo com o responsável, esta opção é o "equivalente a fazer uma viagem UberX mais longa", mas poderá aumentar o "público-alvo dos seus serviços de transporte ao emparelhar viagens e pessoas".

Em relação à questão da existência de motoristas estrangeiros a conduzir ao serviço das plataformas, Francisco Vilaça explicou que dados do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) de 2023 revelam que "70% a 80% dos motoristas eram de língua portuguesa ou vindos de países de língua portuguesa".

O responsável sublinhou que o acesso à plataforma Uber "cumpre requisitos extremamente exigentes de verificação documental, garantindo que quem presta serviços através da plataforma está apto".

Entre os documentos solicitados está a carta de condução, que é verificada pelos serviços, além da licença TVDE emitida pelo IMT e do registo criminal que é verificado de três em três meses, explicou.

Leia Também: Buscas na Uber. Parceiros de frota suspeitos de fraude de 28 milhões

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