App Yango massifica serviço de táxi em Maputo. Já não é só para elites

O serviço de aplicativo de telemóvel 'Yango' massificou em dois anos o recurso ao táxi em Maputo e na Matola, permitindo o acesso a um serviço que era apenas para a elite, afirmou hoje a empresa.

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© Getty Images/Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket

Lusa
07/06/2024 14:51 ‧ 07/06/2024 por Lusa

Tech

Moçambique

 

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"Arrisco dizer que transformamos a mobilidade urbana em Moçambique, agora qualquer pessoa pode movimentar-se do ponto A a um ponto B, rapidamente", disse à Lusa o diretor da Yango em Moçambique, Momed Adamo, à margem da Moztech -- Feira tecnológica de Moçambique, que termina hoje em Maputo.

Adamo afirmou que o facto de a plataforma digital permitir a disponibilidade de táxi em pouco tempo e com pouca distância percorrida reduziu drasticamente os custos de transporte, atraindo camadas da população com menos posses e residente nos subúrbios e periferia das cidades de Maputo e da Matola, sul de Moçambique.

"A grande inovação que nós trazemos para o mercado é que qualquer pessoa, neste momento, em qualquer parte da cidade, consegue solicitar uma viagem e consegue obter uma viatura em menos de cinco minutos, isto não existia na cidade de Maputo, antes de novembro de 2022", quando o aplicativo foi introduzido, salienta o diretor da Yango.

A tecnologia já tem milhares de motoristas na plataforma, que fazem igualmente milhares de viagens por dia, continuou.

Momed Adamo também destaca a segurança do serviço de táxi incorporado recentemente no aplicativo de telemóvel, tanto para o passageiro como para o motorista, porque a plataforma dispõe de uma central de segurança, que permite aos utentes contactarem as autoridades locais e pessoas próximas, bem como partilhar a rota.

"Nós fazemos uma rigorosa validação dos dados do motorista antes de eles utilizar a nossa plataforma, como a validação da carta de condução, do BI [bilhete de identidade] e da documentação da viatura, tudo para garantir que haja uma grande segurança para todos os intervenientes no nosso sistema", frisa, perante receios face à criminalidade nas cidades moçambicanas.

Para dar garantias de segurança ao motorista, o serviço oferece dados sobre o número de viagens que o passageiro já fez.

Essa informação pode ser usada como critério para o taxista recusar ou aceitar a viagem, tendo em conta a avaliação que faz da idoneidade do passageiro.

"Se for tarde e à noite, para um passageiro que faz uma solicitação com apenas uma viagem no sistema, o motorista pode desconfinar e recusar", sublinha Momed Adamo.

O aplicativo também conta com "um botão de 'SOS' que o motorista pode acionar e pode gravar a discussão com um certo passageiro, caso isso aconteça", afirmou Adamo.

A empresa está a testar a introdução de um serviço de entregas em Maputo, como parte da expansão da operação na capital, anunciou o diretor da Yango em Moçambique.

Está também a estudar a viabilidade de alargar a presença a outras grandes cidades moçambicanas, visando responder a inúmeras solicitações para o efeito, adiantou.

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