Autoridades portuguesas investigam dados do Governo à venda na 'deepweb'

O Governo está a acompanhar o alegado 'leak' de uma base de dados associada ao site governamental. O gabinete da presidência do Conselho de Ministros esclarece "tudo aponta para uma fraude sustentada num acervo de dados de utilizadores nacionais e lusófonos, oriundos de 'leaks' de um passado recente".

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Notícias ao Minuto
13/07/2024 22:16 ‧ 13/07/2024 por Notícias ao Minuto

Tech

Governo

Um 'hacker' terá roubado e colocado à venda dados de uma base de dados associado ao Executivo português e o caso encontra-se sob investigação.

 

A notícia foi avançada este sábado pela CNN Portugal, que deu conta de que o anúncio terá sido publicado na 'deepweb' na madrugada de sexta-feira. O Notícias ao Minuto contactou fonte oficial do gabinete da presidência do Conselho de Ministros, que esclareceu que "as autoridades nacionais, incluindo o Centro Nacional de Cibersegurança, estão a acompanhar o caso do alegado 'leak' da base de dados associada a gov.pt".

"Da análise feita, tudo aponta para uma fraude sustentada num acervo de dados de utilizadores nacionais e lusófonos, oriundos de 'leaks' de um passado recente, como, por exemplo, o que ocorreu envolvendo a transportadora aérea portuguesa em 2022", remata a mesma fonte.

Hackers dizem ter roubado dados de milhares de clientes da TAP

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Na semana passada, a empresa garantiu que “não foi apurado qualquer facto que permita concluir ter havido acesso indevido a dados de clientes”.

Márcia Guímaro Rodrigues | 19:25 - 31/08/2022

A CNN Portugal teve acesso ao anúncio, dando conta de que o 'hacker', que se identifica como AkamK promete revelar mais detalhes sobre os documentos em causa, pedindo cinco mil euros pelos documentos e dizendo que tem dados referentes ao atual Governo.

Recorde-se que têm sido vários os ataques informáticos registados em várias empresas e entidades, assim como órgãos de soberania - também em 2022 o grupo Lapsus, que atacou os sites do Expresso e SIC Notícias, reivindicaram um ataque ao site do Parlamento.

Já esta semana, a Polícia Judiciária deteve três pessoas na sequência de uma operação a nível nacional que pretendia "desmantelar um grupo organizado que se dedicava a atividades no contexto do cibercrime". Entre estas estava o acesso ilegítimo a plataformas dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), bem como à Segurança Social Direta, com recurso a credenciais de funcionários. Disseminavam, além disso, campanhas de 'spam' referentes a alegadas dívidas à EDP Comercial, CTT, Endesa, Galp e outros.

Leia Também: Burlou e alegou ataque de hackers. PJ detém homem procurado no Brasil

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