A Comissão Federal da Concorrência e da Proteção dos Consumidores (FCCPC) acusou a Meta de violações "múltiplas e repetidas" pelo Facebook e WhatsApp das leis nigerianas que garantem a proteção dos dados, refere esta entidade em comunicado divulgado na sexta-feira.
De acordo com o comunicado assinado pelo diretor-geral da FCCPC, Adamu Abdullahi, a investigação, realizada entre maio de 2021 e dezembro de 2023 pela FCCPC em conjunto com a Comissão de Proteção de Dados da Nigéria, mostrou que a Meta tinha "práticas invasivas" no país em termos dados e proteção ao consumidor.
A nota divulgada acusava a Meta de práticas discriminatórias, abuso de posição dominante, utilização não autorizada de dados pessoais dos nigerianos e privação do direito de determinar a forma como os seus dados eram utilizados.
Além da pesada coima, a Meta deve "cumprir a lei em vigor e deixar de explorar os consumidores nigerianos e parar com os seus abusos de mercado, bem como abster-se no futuro de qualquer conduta ou prática semelhante que não cumpra os critérios aplicáveis no país", acrescentou.
Questionada pela AFP sobre a aplicação da coima, a Meta não fez qualquer comentário.
Segundo a FCCPC, a Meta tinha conhecimento da investigação, que durou 38 meses.
Cerca de três quartos dos 200 milhões de habitantes da Nigéria, o país mais populoso de África, têm menos de 24 anos e são grandes utilizadores das redes sociais.
Em março, o país tinha cerca de 164,3 milhões de utilizadores de Internet, segundo o site da Comissão Nacional de Comunicações (NCC).
As plataformas Meta - WhatsApp, Facebook e Instagram - estão entre as mais populares deste país africano.
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