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"Criptomoedas são frequentemente utilizadas em atos criminosos"

O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) nota que as criptomoedas costumam ser usadas em burlas online para “mascarar ações fraudulentas”, afirmando que parece ser esse o recente caso da OmegaPro.

"Criptomoedas são frequentemente utilizadas em atos criminosos"

A OmegaPro tornou-se nos últimos dias um dos nomes mais comentados e não pelos melhores motivos. Fundada em 2019, a OmegaPro começou por se apresentar como uma empresa na área de investimento e de marketing em produtos financeiros e é agora acusada de levar a cabo “o maior esquema de fraude em pirâmide de sempre”.

 

As palavras são de Lars Olofsson, advogado sueco que representa cerca de 2.500 lesados (dos quais 156 são portugueses) e que, em declarações ao Público, refere que a média de investimento dos clientes da OmegaPro “rondou os 120 mil euros”.

Olofsson alerta sobretudo para a forma como estes clientes foram atraídos para o “esquema”, apontando para os grandes eventos onde davam a cara personalidades conhecidas do desporto - como é o caso de Luís Figo, Ronaldinho, Casillas - e de celebridades de Hollywood - como Steven Seagal.

Mas como funciona a OmegaPro? A empresa, que negociava no Foreign Exchange Market (Forex) cujo objetivo é lucrar com flutuações nos valores das diferentes moedas, pedia aos investidores que transferissem para a OmegaPro os montantes que pretendiam investir em criptomoedas.

Este é apenas o mais recente caso em que criptomoedas são usadas no contexto de cibercrime, com o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) a confirmar ao Notícias ao Minuto que “identifica como tendência o uso crescente de criptomoedas em atividades criminosas no ciberespaço”.

“As criptomoedas são frequentemente utilizadas como benefício monetário em atos criminosos realizados no ciberespaço”, alerta o CNCS.

O organismo da segurança nota que as criptomoedas são usadas em ataques de ‘ransomware’, como “veículo de branqueamento de capitais”, como “tema apelativo para ataques de ‘phishing’ e ‘smishing’” e em burlas online - onde “potenciais ganhos de investimento mascaram ações fraudulentas que conduzem à perda total ou parcial do valor investido”.

“O caso em questão aparenta fazer parte deste último tipo de ação criminosa”, nota o CNCS.

Criptomoedas: Como evitar ser vítima de burlas online

Com cada vez mais empresas a atuar no ciberespaço com criptomoedas, nunca é demais deixar alguns alertas e estar atento aos sinais de que pode estar diante de uma burla ou um esquema em pirâmide.

O CNCS deixa então algumas boas práticas que podem apontar para o risco de ser burlado no contexto de investimentos com criptomoedas. Pesquisar sobre a reputação da empresa/marca em questão deve ser uma das suas prioridades, assim como desconfiar de qualquer "interpelação inusitada" através das redes sociais como potenciais propostas de investimento.

"Desconfiar de ofertas demasiado boas" deve também ser uma preocupação, assim como verificar se as comunicações recebidas - seja por e-mail, mensagem instantânea, SMS ou URL - são fidedignos e correspondem à empresa/marca.

O organismo de cibersegurança apela ainda que, ao detetar qualquer sinal de irregularidade, a potencial vítima deverá alertar as autoridades competentes e apresentar todos os registos das transações monetárias efetuadas.

Leia Também: Trump revela-se acérrimo apologista das criptomoedas

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