A Meta escolheu o seu evento anual - o Meta Connect - para apresentar oficialmente novas versões dos seus óculos de Realidade Virtual com o Quest 3S e também dos óculos inteligentes desenvolvidos em colaboração com a Ray-Ban.
No entanto, o grande destaque vai para um novo projeto de óculos de Realidade Aumentada conhecido como Orion e com o qual (ficou claro) que a Meta pretende substituir os atuais telemóveis.
Como conta o site Engadget, ao contrário de outros óculos semelhantes como o Magic Leap, os HoloLens da Microsoft ou o Google Glass, os Orion são apenas um pouco mais ‘robustos’ do que óculos tradicionais. Mais ainda, ao contrário do Vision Pro, não pretendem separar o utilizador das pessoas que o rodeiam - uma vez que as lentes (na verdade, projetores Micro LED) são transparentes.
© Meta
Conforme a Meta mostrou no evento, os Orion terão suporte para diversas aplicações conhecidas, como é o caso do Google, do YouTube, o Spotify e também, do Pinterest. É provável que, caso se verifique uma adesão significativa aos Orion, comecemos a ver cada vez mais aplicações com versões especialmente desenvolvidas para estes óculos.
A Meta afirmou no evento que os Orion foram criados para “experiências digitais que não são confinadas pelos limites do ecrã do telemóvel”, criando interfaces e janelas flutuantes diante do utilizador para que este possa interagir. Dado que os Orion estão recheados de sensores e câmaras em vários pontos do dispositivo, os óculos conseguem entender o ambiente à volta do utilizador e permitem até colocar ‘janelas’ e diferentes aplicações à sua volta.
É até dado o exemplo de um utilizador dos Orion abrir a porta do frigorífico e ser feita uma rápida análise aos ingredientes presentes, com a Inteligência Artificial (IA) da empresa - a Meta AI - incluída nos óculos a sugerir receitas com base nesta informação.
© Meta
Notar que ainda há algumas limitações técnicas nesta versão dos Orion que, de momento, é ainda um protótipo. Para começar, a leveza dos óculos deve-se ao facto de nem toda a tecnologia estar incluída no equipamento propriamente dito, com um pequeno ‘disco’ externo a tratar do processamento (sem necessidade de qualquer fio). Há ainda o facto de o utilizador ter de usar uma pequena bracelete para que os movimentos da mão sejam mais fáceis de identificar.
Tudo isto torna claro que os Orion ainda não estão prontos para serem lançados. A Meta diz que este é “um dos protótipos de produtos mais polidos” que já desenvolveu, mas indica que continuará a trabalhar nos Orion internamente.
Não se sabe ainda quando é que a Meta lançará os Orion pelo que, de momento, somente os trabalhadores da empresa e “determinadas audiências externas” estão a usar estes óculos inovadores.
Pode ver acima um vídeo explicativo sobre os Orion e, abaixo, uma curta demonstração dos óculos.
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