O mais recente estudo da Pew Research vem dizer o que muitos outros já afirmaram: as redes sociais alteram a forma de interagir das pessoas e, como consequência, a forma como comunicam entre si. Mas se apenas assim fosse, não seria notícia.
A pesquisa desta consultora pegou num ângulo ainda pouco explorado no mundo do impacto das redes sociais. Uma das conclusões, cita o Tech Crunch, diz respeito ao facto de as pessoas estarem cada vez menos dispostas a expor a sua opinião seja online ou offline, mais concretamente quando se encontram rodeadas de amigos e familiares.
A Pew refere-se, aqui, a uma nova tendência: manter as opiniões pessoais para si mesmo. Mas tal não acontece em todos os casos. As redes sociais criaram toda uma ânsia e expectativa de ‘gostos’ e reações a publicações que agora as pessoas têm dificuldade em expressar o seu ponto de vista quando este poderá não ser o mesmo dos outros. E isto reflete-se não só nas publicações como nas conversas frente a frente.
A consultora descreve esta tendência como ‘espiral do silêncio’, termo já usado na década de 70 aquando dos estudos sobre opinião pública.
Contudo, lê-se no estudo da Pew, "alguns criadores e apoiantes das redes socias têm a esperança de que as plataformas como Facebook e Twitter possam produzir diferentes espaços de discussão para que as pessoas com pontos de vista minoritários se sintam mais livres para expressar as suas opiniões, ampliando, assim, o discurso público e acrescentando novas perspetivas à discussão quotidiana".