Um trabalhador da Apple decidiu processar a empresa e acusa-a de vigiar os funcionários por via dos seus iPhones pessoais - os quais os funcionários são, alegadamente, encorajados a usar durante o dia de trabalho.
O trabalhador em questão, Amar Bhakta, afirma que a exigência da Apple de que os funcionários usem telemóveis, computadores e serviços de ‘cloud’ da empresa os “sujeita a vigilância e força o seu patrocínio através da monetização dos dados pessoais dos colaboradores como condição para o seu emprego”.
Como conta o site Gizmodo, Bhakta nota no processo que muitos trabalhadores da Apple são obrigados a instalar um cartão SIM eletrónico ou rede virtual privada nos respectivos dispositivos pessoais. Isto faz com que a Apple seja capaz de aceder a quaisquer dados armazenados no dispositivo e seguir a localização do funcionário em tempo real.
O funcionário alega ainda que foi impedido de falar publicamente sobre a sua área profissional e que foi obrigado a remover do LinkedIn informações sobre as condições de trabalho na Apple.
“Poder falar abertamente sobre o meu trabalho é muito importante para mim, tanto do ponto de vista profissional como pessoal”, declarou Bhakta num comunicado divulgado pelos respectivos advogados. “É dececionante que a Apple, que tem a privacidade e a confidencialidade como princípios, tente vigiar-me e censurar-me. Isso prejudica a minha capacidade de avançar profissionalmente”.
A Apple ainda não se pronunciou publicamente sobre este processo.
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