Meta diz que Inteligência Artificial não perturbou eleições em 2024

A tecnológica Meta - empresa-mãe da rede social Facebook - disse hoje que os receios de que a Inteligência Artificial desencadearia uma avalanche de desinformação para enganar eleitores em todo o mundo, em 2024, não se concretizaram.

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Lusa
03/12/2024 16:38 ‧ há 15 horas por Lusa

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Para o diretor da Meta para os assuntos internacionais, Nick Clegg, os sistemas de defesa contra campanhas de desinformação na plataforma da empresa resistiram.

 

"Não creio que a utilização da Inteligência Artificial genérica tenha sido uma ferramenta particularmente eficaz para eles", disse Clegg, em declarações aos jornalistas, referindo-se aos indivíduos por detrás destas campanhas de desinformação.

Segundo a empresa, a maior parte das operações de desinformação que emergiu nos últimos anos foram realizadas por pessoas e entidades oriundas da Rússia, do Irão e da China.

A Meta informou, contudo, que não tem planos para baixar a guarda neste setor, uma vez que se espera que as ferramentas generativas de Inteligência Artificial se tornem mais sofisticadas e generalizadas.

Clegg referiu-se a 2024 como o ano eleitoral mais importante, com cerca de dois mil milhões de pessoas a votar em todo o mundo.

"As pessoas estavam, com razão, preocupadas com o potencial impacto da Inteligência Artificial nas eleições deste ano", disse Clegg aos jornalistas, recordando que houve "vários alertas sobre os potenciais riscos de fenómenos como os 'deepfakes' [vídeos de qualidade tão elevada que é difícil distingui-los de imagens reais] generalizados e as campanhas de desinformação impulsionadas pela Inteligência Artificial".

O Presidente eleito dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, tem criticado fortemente a empresa Meta, acusando-a de censurar as opiniões conservadoras, em particular na rede social Facebook.

Contudo, Clegg disse não saber se o responsável da Meta, Mark Zuckerberg, discutiu com Donald Trump o futuro das políticas de moderação de conteúdos, quando foi convidado para jantar na residência do Presidente eleito na Florida, na semana passada.

"O Mark quer desempenhar um papel ativo nos debates que cada administração deve ter sobre a manutenção da liderança americana no mundo tecnológico (...) e particularmente o papel central que a Inteligência Artificial desempenhará nesta área", explicou Clegg.

Para este responsável da Meta, em retrospetiva, a sua empresa exagerou na moderação de conteúdos durante a pandemia de covid-19, reconhecendo que agora está a "redobrar os esforços" para melhorar a precisão com que seleciona o conteúdo a ser removido.

"As nossas regras de conteúdo estão a evoluir e a mudar constantemente", referiu Clegg.

Leia Também: Estudo: Conteúdos de IA com impacto negativo na informação este ano

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