EUA. Nona empresa de telecomunicações alvo do ataque chinês de espionagem

Uma nona empresa de telecomunicações dos Estados Unidos foi alvo da ampla campanha de ciberataques chineses, que deu às autoridades de Pequim acesso a mensagens e chamadas privadas, adiantou hoje fonte da Casa Branca.

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Lusa
27/12/2024 21:33 ‧ há 14 horas por Lusa

Tech

Estados Unidos

Responsáveis do Governo liderado pelo democrata Joe Biden tinham revelado este mês que pelo menos oito empresas de telecomunicações, assim como dezenas de nações, foram afetadas pelo um coletivo de 'hackers' chineses conhecidos como Salt Typhoon.

 

A conselheira adjunta de segurança nacional para tecnologias cibernéticas e emergentes Anne Neuberger disse hoje aos jornalistas que foi identificada uma nona vítima, depois de o Governo ter divulgado orientações às empresas sobre como apanhar envolvidos nos ataques nas suas redes.

A atualização de Neuberger é o mais recente desenvolvimento de uma operação de ciberataques em massa que alarmou as autoridades de segurança nacional dos EUA, por expor vulnerabilidades de cibersegurança no setor privado e revelar a sofisticação dos 'hackers' da China, noticiou a agência Associated Press (AP).

Os 'hackers' comprometeram as redes das empresas de telecomunicações para obterem registos de chamadas de clientes e acesso às comunicações privadas de "um número limitado de pessoas".

Embora o FBI (polícia federal norte-americana) não tenha identificado publicamente nenhuma das vítimas, as autoridades acreditam que altos funcionários do governo dos EUA e figuras políticas proeminentes estão entre aqueles cujas comunicações foram acedidas.

Neuberger apontou que as autoridades ainda não têm uma noção precisa de quantos norte-americanos em geral foram afetados pelo Salt Typhoon, em parte porque os chineses eram cuidadosos com as suas técnicas, mas um "grande número" estava na área de Washington-Virgínia, na costa leste dos EUA.

As autoridades acreditam que o objetivo dos 'hackers' era identificar quem era o proprietário dos telefones e, se fossem "alvos de interesse do governo", espiar as suas mensagens de texto e chamadas, detalhou a mesma fonte.

O FBI disse que a maioria das pessoas visadas pelos 'hackers' estão "principalmente envolvidas em atividades governamentais ou políticas".

Neuberger disse que o episódio destacou a necessidade de práticas de cibersegurança exigidas no setor das telecomunicações, algo que a Comissão Federal de Comunicações deverá abordar numa reunião no próximo mês.

O Governo chinês já negou qualquer responsabilidade pelo ciberataque em grande escala.

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