De acordo com um comunicado hoje divulgado pelo INL, em causa está a "participação como parceiro fundamental na Advanced Packaging and Heterogeneous Integration of Electronic Components and Systems [Empacotamento avançado e integração heterogénea de componentes e sistemas eletrónicos] (APECS), uma das Linhas Piloto do EU Chips Act", o Ato Europeu dos 'chips'.
O ato é "uma iniciativa estratégica da União Europeia para reforçar a capacidade de produção de semicondutores na Europa", e a linha piloto APECS é coordenada pela Fundação Fraunhofer (Alemanha) e "cofinanciada pela Chips Joint Undertaking, em colaboração com autoridades de financiamento de vários países europeus, onde se inclui Portugal".
"A Linha Piloto APECS procura afirmar a liderança europeia em tecnologias de integração heterogénea e encapsulamento avançado - uma das áreas mais importantes do desenvolvimento de dispositivos eletrónicos inovadores", explica o comunicado divulgado.
De acordo com o INL, "a APECS apoiará projetos de investigação e inovação que visem a manutenção da posição da Europa na vanguarda do desenvolvimento científico e tecnológico, com o objetivo de aumentar a participação europeia nomercado global de semicondutores de 8% para 20% até 2030".
"A procura crescente por dispositivos eletrónicos e a interrupção da produção especializada durante a pandemia evidenciaram a necessidade de garantir a capacidade de resposta das cadeias de produção de semicondutores europeias", observa.
Para além da Linha Piloto APECS, o INL desempenha ainda um papel crucial noutras iniciativas do EU Chips Act, salientando-se a coordenação do Centro de Competências em Portugal.
O INL está ainda envolvido na "plataforma de Design do EU Chips Act", coordenada pelo imec (Bélgica), que "dará acesso a ferramentas de design, bibliotecas de propriedade intelectual e instrumentos de estandardização, procurando impulsionar a capacidade de design de semicondutores na Europa".
"A participação estratégica do INL na APECS e restantes iniciativas alinha-se com a Estratégia Nacional para os Semicondutores", assinala ainda a instituição.
Ricardo Ferreira, líder do grupo de investigação em Spintrónica no INL, espera que "a Linha Piloto seja um elemento catalisador de muitas outras iniciativas e não um fim último".
"A Linha Piloto APECS deverá ter um efeito profundo no futuro da investigação que se faz no INL, seguramente, mas todos esperamos que o seu impacto seja bem maior e se faça sentir também na comunidade académica, 'start-ups', empresas inovadoras e grandes companhias instaladas no país", frisou.
O INL é a única organização intergovernamental totalmente dedicada à investigação em nanotecnologia na Europa.
Leia Também: IA? Lucro da maior fabricante de 'chips' TSMC sobe 40% em 2024