"Não substituímos a voz humana por voz artificial, mas utilizamos diversas ferramentas que se baseiam na inteligência artificial, quer do ponto de vista informativo, quer do ponto de vista da produção e da análise daquilo que fazemos", afirmou o administrador num encontro com jornalistas, em Lisboa.
O dirigente disse ainda que "pela questão da digitalização" o grupo tem vindo a "acomodar" o quadro de pessoal, dado que "havia competências que já não eram necessárias" e outras que faltavam neste contexto.
José Ramos Pinheiro afirmou também que "a inteligência artificial é como tudo na vida, pode ser puxada para o muito bom, pode ser puxada para o muito mau e pode ser deixada de lado", e admite que a IA já está incorporada na atividade dos canais do grupo [Rádio Renascença, RFM e Mega Hits].
De acordo com o gestor, é cada vez mais necessário medir a atividade das diferentes marcas, como tal o grupo já utiliza ferramentas associadas à IA para fazer essa gestão de resultados, acrescentando que "até do ponto de vista informativo, a inteligência artificial também é utilizada".
"Queremos utilizá-la cada vez mais no futuro [IA], desde que seja de uma forma ética, transparente, e que seja governada pela mente humana", reiterou.
Relativamente à permanência do grupo nas redes sociais, mais precisamente no X, o administrador admite não ter tomado uma decisão ainda, e garante que "às vezes, a precipitação não é o melhor conselheiro".
"Aquilo que se está a passar na rede X, a mim não me agrada, nem pessoal, nem institucionalmente nos agrada", admitiu o administrador.
O diário francês Le Monde, o britânico The Guardian e outros meios de comunicação social já decidiram abandonar a rede social detida por Elon Musk.
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