Descoberto um jato de matéria com o dobro do tamanho da Via Láctea

Uma colaboração de astrónomos e telescópios identificou um jato de matéria que se formou quando o Universo tinha 10% da sua idade e que se estende a 200.000 anos-luz de distância, o dobro da Via Láctea.

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© OFAR / DECaLS / DESI Legacy Imaging Surveys / LBNL / DOE / CTIO / NOIRLab / NSF / AURA / M. Garlick

Lusa
07/02/2025 07:26 ‧ há 2 horas por Lusa

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Com esta descoberta, estão agora disponíveis novos dados sobre quando se formaram os primeiros jatos no Universo e como influenciaram a evolução das galáxias.

 

Os quasares são núcleos muito brilhantes de galáxias distantes, que são alimentados por buracos negros supermassivos no seu interior e libertam uma torrente de radiação.

Estes quasares emitem poderosos jatos de matéria energética que podem ser detetados por radiotelescópios a grandes distâncias. Este fenómeno é relativamente comum no Universo próximo, mas no Universo primitivo e distante tem sido muito mais difícil de encontrar.

O jato de rádio agora descoberto tem dois lóbulos e é o maior alguma vez observado no Universo primitivo, uma descoberta importante para uma melhor compreensão do momento e dos mecanismos de formação dos primeiros jatos gigantes de matéria no nosso Universo.

O quasar J1601+3102, que alimenta o jato agora descoberto, formou-se quando o Universo tinha apenas 9% da sua idade atual, de acordo com um estudo publicado no The Astrophysical Journal Letters.

A anterior escassez de jatos de rádio no Universo primitivo é atribuída à radiação cósmica de fundo em micro-ondas, uma espécie de névoa sempre presente de radiação de micro-ondas deixada pelo Big Bang que reduz a luz de rádio de objetos tão distantes.

O novo jato "pode ser observado a partir da Terra, apesar de estar muito longe, apenas por ser tão extremo", disse Anniek Gloudemans, uma das autoras do estudo, de acordo com um comunicado do Laboratório Nacional de Investigação em Astronomia Ótica - Infravermelhos (NOIRLab), um dos que contribuíram para a descoberta.

Este objeto "mostra o que podemos descobrir ao combinar o poder de vários telescópios que operam em diferentes comprimentos de onda", acrescentou.

Os cientistas ainda têm muitas dúvidas sobre como quasares radio luminosos como o J1601+3102 diferem dos outros, e as circunstâncias necessárias para criar jatos de rádio tão poderosos também não são claras, assim como quando se formaram os primeiros no Universo.

Notícias ao Minuto© LOFAR/DECaLS/DESI Legacy Imaging Surveys/LBNL/DOE/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA/F. Sweijen  

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