China planeia lançar os seus primeiros foguetões reutilizáveis em 2025

A China planeia lançar vários foguetões reutilizáveis até 2025, marcando um avanço na sua estratégia para reduzir o custo do acesso ao espaço e aumentar a frequência das suas missões, noticiou hoje a televisão estatal CCTV.

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Lusa
06/03/2025 08:02 ‧ há 4 horas por Lusa

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O anúncio foi feito por Rong Yi, membro do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CPPCC, o principal órgão consultivo do país), que está atualmente a realizar a sua reunião anual em Pequim, e por um representante da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC), que sublinhou que a reutilização dos foguetões irá melhorar a eficiência do lançamento.

 

"A maior vantagem dos foguetões reutilizáveis é a redução dos custos, além de permitirem lançamentos mais frequentes e uma tecnologia melhorada", disse Rong, sublinhando que este desenvolvimento colocará a China na vanguarda da exploração espacial comercial e estatal.

Entre os modelos planeados para os voos inaugurais em 2025 estão o Zhuque-3 da LandSpace e o Tianlong-3 da Space Pioneer, ambos concebidos para missões de média altitude e destinados a competir com lançadores internacionais como o Falcon 9 da SpaceX.

No ano passado, a China realizou testes de descolagem e aterragem verticais de foguetões reutilizáveis a 10 quilómetros de altitude, em preparação para voos de maior escala.

Estes desenvolvimentos incluem também avanços na próxima geração de foguetões tripulados, como o Longa Marcha 10, concebido para futuras missões lunares.

No entanto, o caminho para a reutilização tem sido marcado por desafios e, em 2024, tanto o LandSpace como o Space Pioneer enfrentaram incidentes de teste.

A Tianlong-3 sofreu uma falha estrutural que a fez desprender-se da plataforma de testes e despenhar-se na cidade de Gongyi, no centro da China, embora sem causar vítimas.

O LandSpace teve problemas durante um teste de um tanque de combustível em Xangai, resultando em três trabalhadores feridos.

Apesar destes contratempos, a China investiu fortemente no seu programa espacial nos últimos anos, alcançando marcos como a aterragem da sonda Chang'e 4 no lado mais afastado da Lua, a aterragem em Marte de um robô e a construção da estação espacial Tiangong, que funcionará durante cerca de dez anos.

Leia Também: China avança com projeto para trazer amostras de Marte

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