James Webb capta (pela primeira vez) imagens de CO2 fora do Sistema Solar

O Telescópio Espacial James Webb captou pela primeira vez imagens de dióxido de carbono de um planeta fora do sistema solar, sugerindo que para lá da Via Láctea se podem ter formado exoplanetas gigantes como Júpiter e Saturno.

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Lusa
18/03/2025 07:46 ‧ há 2 dias por Lusa

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James Webb

O telescópio captou as imagens num planeta em HR 8799, um sistema multi-planetário a 130 anos-luz de distância que há muito é um alvo chave para o estudo da formação de planetas.

 

As observações fornecem fortes indícios de que os quatro planetas gigantes do sistema se formaram da mesma forma que Júpiter e Saturno, construindo lentamente núcleos sólidos.

Também confirmam que o telescópio pode fazer mais do que inferir a composição atmosférica a partir de medições da luz das estrelas: pode analisar diretamente a química atmosférica planetária.

Além disso, ao detetar a forte presença de dióxido de carbono, a equipa demonstrou que existe uma fração considerável de elementos mais pesados, como o carbono, o oxigénio e o ferro, nas atmosferas destes planetas.

"Dado o que sabemos sobre a estrela em torno da qual orbitam, isto provavelmente indica que se formaram por acreção a partir do núcleo, o que, no caso de planetas que podemos ver diretamente, é uma conclusão excitante", diz William Balmer, um astrofísico da Universidade Johns Hopkins, que liderou a investigação.

A equipa publicou detalhes do estudo no The Astrophysical Journal e incluiu dados observacionais de outro sistema exoplanetário (51 Eridani), localizado a 96 anos-luz de distância.

HR 8799 é um sistema jovem com cerca de 30 milhões de anos, com planetas ainda quentes devido à sua formação violenta, que emitem grandes quantidades de luz infravermelha, fornecendo aos cientistas dados valiosos para comparar a sua formação com a de estrelas ou anãs castanhas.

Os planetas gigantes podem formar-se construindo lentamente núcleos sólidos que atraem gás, como o nosso sistema solar, ou colapsando rapidamente do disco de arrefecimento de uma estrela jovem para se tornarem objetos maciços.

O objetivo é "compreender o nosso próprio sistema solar, a vida e nós próprios em comparação com outros sistemas exoplanetários, para podermos contextualizar a nossa existência", diz Balmer.

Até agora, muito poucos exoplanetas foram fotografados diretamente, uma vez que os planetas distantes são milhares de vezes mais fracos do que as suas estrelas.

Leia Também: Telescópio James Webb volta a impressionar com a mais recente fotografia

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