O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, disse em conferência de imprensa que Washington "prejudica seriamente os direitos e interesses legítimos das empresas e mina a segurança e a estabilidade da produção global e das cadeias de abastecimento".
"Exortamos os Estados Unidos a deixarem de generalizar o conceito de segurança nacional e a deixarem de politizar, instrumentalizar e militarizar as questões económicas, comerciais e científicas e tecnológicas", afirmou o porta-voz, acrescentando que a China "se opõe firmemente" a esta medida.
Pequim "tomará as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas", acrescentou o porta-voz, instando os EUA a "deixarem de reprimir injustificadamente as empresas chinesas".
O Gabinete de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou em comunicado, na segunda-feira, que acrescentou 80 empresas da China, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Irão e Taiwan à lista, pelas suas "atividades contrárias à segurança nacional e à política externa" dos Estados Unidos.
Entre as empresas, cerca de 70 são chinesas, incluindo 11 envolvidas em inteligência artificial avançada e desenvolvimento de semicondutores, entre outros domínios, e 27 destacadas por "adquirirem ou tentarem adquirir" componentes dos Estados Unidos para apoiar a modernização das Forças Armadas chinesas.
Os nomes das empresas não foram divulgados.
O comunicado sublinhou que a expansão da lista visa "restringir a capacidade do Partido Comunista da China de adquirir e desenvolver capacidades de computação exascale, bem como tecnologias quânticas, para aplicação militar", e "impedir o desenvolvimento do programa de armas hipersónicas da China".
"Sob a forte liderança do Presidente Donald Trump, o Departamento do Comércio está a tomar medidas decisivas para proteger a América", afirmou o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, em comunicado.
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