A cidade, localizada no leste da China, é considerada um epicentro tecnológico do país, numa altura em que o setor da inteligência artificial (IA) está a ter um novo 'boom' na região.
A iniciativa faz parte do Apple Mobile App Incubation Fund, um fundo criado para apoiar a formação de programadores empreendedores e incentivar o desenvolvimento de aplicações móveis no ecossistema iOS.
Através deste programa, os participantes receberão formação técnica, mentoria e acesso a investidores e especialistas do setor.
"Acreditamos que a programação é uma ferramenta poderosa que nos permite criar, comunicar e resolver problemas de formas totalmente novas. Temos a honra de aprofundar a nossa colaboração de uma década com a Universidade de Zhejiang para capacitar a próxima geração de programadores", afirmou Cook.
De acordo com a Apple, a empresa destinou 50 milhões de yuan (6,4 milhões de euros) à universidade nos últimos dez anos.
O Concurso de Inovação em Aplicações Móveis, apoiado pela Apple há uma década, atraiu mais de 30.000 candidaturas de quase 1000 universidades da "grande China" - um termo que engloba a China continental, Hong Kong, Macau e Taiwan.
Nos últimos anos, foram acrescentados percursos específicos para estudantes sem experiência prévia em programação ("Inspiration Track") e para empresários recentes ("Launch Track"), alargando simultaneamente o seu alcance a regiões menos desenvolvidas do país.
"Trabalharemos em conjunto com a Apple para criar uma nova geração de talentos com integridade em termos de conhecimentos, competências, caráter e valores", afirmou Ren Shaobo, secretário do Partido Comunista da China (CPC) na Universidade de Zhejiang.
A visita de Cook a Hangzhou faz parte da sua atual digressão pela China, onde tem reiterado o compromisso da Apple para com o mercado local.
Na segunda-feira, em Pequim, encontrou-se com o Ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, a quem reafirmou os planos para aumentar o investimento em investigação, cadeia de fornecimento e responsabilidade social no país.
Cook efetuou pelo menos três viagens à China no último ano para mostrar o seu empenho em aumentar ainda mais o investimento no país e "aproveitar as oportunidades oferecidas pela sua abertura".
Numa dessas visitas disse que dá "grande valor" aos seus parceiros chineses, sem os quais o fabricante "não poderia fazer o que faz", e noutra viagem inaugurou a maior loja da Apple na Ásia, localizada na megalópole oriental de Xangai.
A Grande China é o terceiro maior mercado da Apple, depois da América e da Europa.
No entanto, as vendas do iPhone diminuíram na região, em parte devido à crescente concorrência de marcas locais como a Huawei e à falta de funcionalidades de IA nos mais recentes dispositivos da empresa californiana.
De acordo com o The Wall Street Journal, a Apple tem estado em conversações com várias empresas chinesas de IA sobre uma possível parceria para implementar a Apple Intelligence na China.
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