"A ideia é utilizar dispositivos móveis, com mapas militares 'offline'. Ou seja, só através do sinal GPS e da triangulação de vários satélites do Exército o utilizador consegue movimentar-se no terreno, sem acesso à internet. Isto é uma vantagem para as forças terrestres, nomeadamente, o Exército, os Bombeiros [e] a Proteção Civil, que vão poder utilizar esta aplicação", explicou hoje à Lusa, o diretor do curso de informática, Jorge Ribeiro.
O docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do IPVC especificou que a aplicação, "que tem a vantagem de não necessitar de internet, vem complementar os sistemas que existem, como por exemplo, o SIRESP (operadora da Rede Nacional de Emergência e Segurança) ".
Aquele sistema, criado por quatro alunos do curso, permite "um acompanhamento, em tempo real, das operações e a gestão dos meios no terreno, permitindo uma gestão dos recursos empenhados com eficiência e eficácia, nomeadamente, através da visualização do dispositivo através de um geoportal".
Jorge Ribeiro adiantou que o projeto "está a ser desenvolvido há um ano e meio" e "já foi testado, no terreno, por várias academias militares ao longo do país, onde está instalado o Exército".
Adiantou que a aplicação informática foi apresentada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em abril, no dia do Centro de Informação Geoespacial do Exército (CIGeoE).
A parceria entre aquela escola do IPVC e o CIGeoE vai permitir "a navegação tendo por base a Carta Militar, 1/25 000, em modo 'offline', garantindo a segurança dos dados para dispositivos móveis android, a disponibilizar ao Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME) no 1º semestre de 2017".
A aplicação informática vai ser oficialmente apresentada pelo CIGeoE no dia 23 de junho na ESTG, durante a iniciativa daquele politécnico intitulada "Open Days".
Com cerca de cinco mil alunos, o IPVC tem seis escolas, de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer, ministrando 24 licenciaturas, 38 mestrados, 34 Cursos de Técnicos Superiores Profissionais (CTESP) e outras formações de caráter profissionalizante.
Além de Viana do Castelo, o IPVC tem escolas superiores instaladas em Ponte de Lima, Valença e Melgaço.
Com 323 docentes, a instituição ministra cursos em oito áreas científicas desde as artes, ao 'design' e humanidades, ciências da engenharia e tecnologias, ciências da vida e da terra, ciências económicas e empresariais, ciências exatas, educação e ciências sociais e eletrotecnia e informática.