França, Reino Unido e Alemanha admitem reimpor sanções ao Irão pelo nuclear

França, Reino Unido e Alemanha evocaram, em carta dirigida ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, a possível reimposição de sanções ao Irão, para o impedir de desenvolver o seu programa nuclear.

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Lusa
12/12/2024 22:29 ‧ há 5 horas por Lusa

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"O E3 continua empenhado com uma solução diplomática para o dossier nuclear iraniano", dizem os três Estados europeus, na sua carta, datada de 06 de dezembro, consultada hoje pela AFP.

 

"Repetimos a nossa determinação em utilizar todos os instrumentos diplomáticos para impedir o Irão de possuir a arma nuclear, incluindo a utilização do 'snapback', acrescentaram, referindo-se ao mecanismo que permite aos membros do acordo sobre o nuclear iraniano reimpor sanções ao Irão.

Em 2015, o Irão concluiu em Viena um acordo com França, Alemanha, Reino Unido, China, Federação Russa e EUA para enquadrar este programa.

O texto previa, em contrapartida, um alívio das sanções a Teerão.

Mas, em 2018, Donald Trump, então presidente dos EUA, retirou, de forma unilateral, o seu Estado do acordo - o qual estava a ser cumprido pelo Oram, segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) - e restabeleceu pesadas sanções.

Em reação, Teerão aumentou as suas reservas de matérias enriquecidas, aproximando-se do patamar para a produção de uma arma atómica, segundo os parâmetros da AIEA.

"Aproximamo-nos rapidamente de um momento crítico para a resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU. O Irão deve reduzir o seu programa nuclear para criar um ambiente político favorável a progressos significativos e a uma solução negociada", acrescentaram os subscritores da carta.

A resolução 2231, que baseia o acordo de 2015, expira em outubro de 2025, dez anos depois da entrada em vigor do acordo.  

Na terça-feira, o Conselho de Segurança deve discutir o dossier do nuclear iraniano.

Representantes do E3 e do Irão reuniram-se no final de novembro, em Genebra, e decidiram continuar o diálogo.  

O Irão defende o seu direito a um nuclear para fins civis, em particular para produção de energia, negando querer dotar-se de uma arma atónica.

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