"O E3 continua empenhado com uma solução diplomática para o dossier nuclear iraniano", dizem os três Estados europeus, na sua carta, datada de 06 de dezembro, consultada hoje pela AFP.
"Repetimos a nossa determinação em utilizar todos os instrumentos diplomáticos para impedir o Irão de possuir a arma nuclear, incluindo a utilização do 'snapback', acrescentaram, referindo-se ao mecanismo que permite aos membros do acordo sobre o nuclear iraniano reimpor sanções ao Irão.
Em 2015, o Irão concluiu em Viena um acordo com França, Alemanha, Reino Unido, China, Federação Russa e EUA para enquadrar este programa.
O texto previa, em contrapartida, um alívio das sanções a Teerão.
Mas, em 2018, Donald Trump, então presidente dos EUA, retirou, de forma unilateral, o seu Estado do acordo - o qual estava a ser cumprido pelo Oram, segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) - e restabeleceu pesadas sanções.
Em reação, Teerão aumentou as suas reservas de matérias enriquecidas, aproximando-se do patamar para a produção de uma arma atómica, segundo os parâmetros da AIEA.
"Aproximamo-nos rapidamente de um momento crítico para a resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU. O Irão deve reduzir o seu programa nuclear para criar um ambiente político favorável a progressos significativos e a uma solução negociada", acrescentaram os subscritores da carta.
A resolução 2231, que baseia o acordo de 2015, expira em outubro de 2025, dez anos depois da entrada em vigor do acordo.
Na terça-feira, o Conselho de Segurança deve discutir o dossier do nuclear iraniano.
Representantes do E3 e do Irão reuniram-se no final de novembro, em Genebra, e decidiram continuar o diálogo.
O Irão defende o seu direito a um nuclear para fins civis, em particular para produção de energia, negando querer dotar-se de uma arma atónica.