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Praticar desporto apenas uma ou duas vezes por semana pode ser suficiente para diminuir o risco de demência no futuro, segundo uma investigação publicada esta quarta-feira, 30 de outubro, no British Journal of Sports Medicine.
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Os autores do estudo explicam que o exercício pode aumentar as concentrações de fatores neurotróficos derivados do cérebro (moléculas que dão apoio ao crescimento e sobrevivência dos neurónios) e a plasticidade cerebral. Referem também que a atividade física está associada a maior volume cerebral, função executiva superior e melhor memória.
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A investigação foi feita a partir de dados de 10 mil pessoas, com uma idade média de 51 anos, inscritas no Estudo Prospectivo da Cidade do México. Durante o acompanhamento de 16 anos, foram identificados 2,4 mil casos de comprometimento cognitivo leve. O risco de demência leve caiu 15% entre quem praticava desporto ao fim de semana e 10% entre as pessoas mais ativas.
Os cientistas estimam que 13% dos casos de declínio cognitivo poderiam ser evitados se todos os adultos de meia-idade se exercitassem, pelo menos, uma ou duas vezes por semana.
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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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