A Administração para a Segurança do Tráfego nas Autoestradas Nacionais (NHTSA, na sigla em INglês) enviou equipas de investigação a dois acidentes ocorridos no mês passado, nos quais veículos Tesla colidiram, na escuridão, em autoestrada com motos. Em ambos houve mortes.
A agência suspeita que o sistema da Tesla de condução parcialmente assistida estava a ser usado em cada uma destas ocasiões.
A NHTSA adiantou que assim que recolher mais informação, pode incluir estes acidentes em uma investigação mais ampla sobre veículos Tesla que atingem veículos de emergência estacionados ao longo das autoestradas.
Esta agência de segurança rodoviária está a investigar ainda mais de 750 queixas relativas a travagens dos veículos Tesla sem qualquer razão para isso.
Michael Brooks, diretor da organização não lucrativa Centro para a Segurança Automóvel, apelou à NHTSA para desautorizar o piloto automático da Tesla, porque não está a reconhecer motociclistas, veículos de emergência e peões.
"Está claro para mim, e deveria também estar agora para os proprietários de veículos Tesla, que este sistema não está a funcionar corretamente, não vai corresponder às expectativas e está a colocar pessoas inocentes sob ameaça nas estradas", avançou Brooks.
Desde 2016, a NHTSA enviou investigadores a 39 acidentes, em que se suspeita que estavam a ser suados sistemas de condução automática, nos quais 30 envolveram veículos Tesla e dos quais resultaram 19 mortes.
Brooks criticou a agência por continuar a investigar, mas não decidir o que quer que seja.
O presidente da Tesla, Elon Musk, eliminou o uso do radar dos seus sistemas, os quis dependem só de câmaras e memória de computador.
Brooks e outros preocupados com a segurança automóvel asseguram que a falta do radar prejudica a visão noturna.
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