Só na sexta-feira passada começaram greves em três fábricas no Missouri, Michigan e Ohio.
Fontes da CNN explicaram que a Secretária do Trabalho em exercício, Julie Su, e um alto funcionário da Casa Branca, Gene Sperling, já estão a trabalhar com as partes para retomarem as negociações.
"Como diz o presidente (Joe Biden), acreditamos na negociação coletiva, incluindo o direito à greve, e esse processo só funciona se as partes negociarem um acordo para si", explicou a fonte citada pela CNN.
O sindicato United Auto Workers (UAW) convocou uma greve em todas as fábricas da Ford, General Motors e Stellantis.
Esta é a primeira vez na história do setor que uma greve é ??convocada ao mesmo tempo para as fábricas das três principais empresas automobilísticas.
Hoje foram realizadas reuniões sindicais com a Ford e também está prevista uma reunião com a General Motors, segundo duas fontes conhecedoras das negociações. Na segunda-feira poderá haver uma reunião com a Stellantis.
O sindicato não afasta a possibilidade de continuar com as greves.
"Estamos preparados para fazer o que temos de fazer. Estamos cansados ??de ser deixados para trás. Não há desculpas. Estas empresas ganharam um quarto de bilião de dólares nos últimos dez anos, 21 mil milhões só nos últimos seis meses, e os salários e as condições dos nossos trabalhadores pioraram", afirmou hoje o presidente do UAW, Shawn Fain, em declarações à CBS.
Quando questionado sobre o seu apoio formal à reeleição de Joe Biden, Fain alertou que "tem de ser conquistado".
"Queremos ações, não palavras. Quem é o Presidente agora, quem foi antes ou quem será depois não é suficiente para vencer esta luta", argumentou.
Hoje, também, o porta-voz do Partido Democrata na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, esteve com os trabalhadores em greve em Wayne, Michigan, e destacou a luta "justa" e "necessária" dos trabalhadores.
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