A Forvia, antiga Faurecia, vai realizar um ajustamento na sua atividade na Europa e prevê suprimir até 10 mil postos de trabalho em cinco anos, dos atuais 75.500, revelou hoje o fabricante de componentes para automóvel francês.
No relatório sobre os resultados financeiros, hoje publicado, o fabricante de componentes para automóveis explica que, para "minimizar ao máximo o impacto no emprego" até 2028, devido ao programa, designado "EU-Forward", tomou uma série de medidas para reduzir o número de trabalhadores.
O grupo empresarial Forvia explica ainda que a redução prevista ao nível dos postos de trabalho em cinco anos visa responder à queda da produção automóvel nos últimos anos e à estagnação do setor automóvel prevista até 2030.
Além de aproveitar o processo "natural" de não renovar os empregos daqueles que se reformam ou deixam a empresa, vai "reduzir imediata e drasticamente o recrutamento na Europa, adaptar o nível de emprego temporário e reduzir drasticamente a I&D [Investigação e Desenvolvimento] externa".
A justificação da Forvia para a implementação do programa "EU-Forward" é que "o mercado automóvel europeu não oferece uma dinâmica em volume nos próximos anos e permanece significativamente abaixo do nível de 2019".
Este novo programa implicará um aumento dos custos de reestruturação em 50%, para cerca de mil milhões de euros, dos quais metade ocorrerá em 2024-2025 e a outra metade em 2026-2028.
Em termos de tesouraria, as despesas de reestruturação também aumentarão em 50%, para cerca de 800 milhões de euros, distribuídas igualmente em duas partes iguais por cada um destes períodos.
A empresa espera, com este ajustamento, poupar cerca de 500 milhões de euros em termos anuais até 2028.
A Forvia registou um lucro de 222 milhões de euros em 2023, contra um prejuízo de 382 milhões de euros no ano anterior.
O resultado operacional aumentou 35,7% em 2023, para 1.439 milhões de euros, em termos homólogos, enquanto o volume de negócios subiu 10,9% (14% numa base comparável) para 27.248 milhões de euros.