Questionada sobre a crise no setor automóvel sentida na Europa, a mesma fonte referiu que, "na fábrica de Mangualde, até agora, não está a haver nenhum impacto".
"A fábrica de Mangualde continua a produzir as viaturas comerciais ligeiras da Stellantis que são neste momento líderes de mercado europeu e também especificamente líderes no mercado português. A produção entre janeiro e outubro regista um ligeiro aumento de 2,6% em relação a 2023", afirmou.
Neste momento, a fábrica de Mangualde, no distrito de Viseu, tem cerca de 900 colaboradores e este ano já produziu 72.477 viaturas (dados de janeiro a outubro).
Também a produção de veículos elétricos "está a correr como previsto", sendo que o volume "dependerá dos pedidos do mercado", adiantou.
A produção em série de viaturas elétricas na fábrica de Mangualde da Stellantis arrancou no início de outubro, nas versões de passageiros e comerciais ligeiros, destinadas aos mercados doméstico e de exportação.
Foi a primeira fábrica a produzir veículos de passageiros e veículos comerciais ligeiros elétricos a bateria, de grande série, em Portugal, no âmbito de um investimento de 119 milhões de euros, obtido através de uma das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial de que a Stellantis é líder -- o projeto "GreenAuto".
Naquele que, para o grupo Stellantis, foi um "momento histórico", começaram a ser produzidos em série veículos 100% elétricos Citroën ë-Berlingo e ë-Berlingo Van, Fiat e-Doblò, Opel Combo-e e Peugeot E-Partner e E-Rifter.
Em julho deste ano, antecipando em quase um ano os planos iniciais do grupo Stellantis, o seu centro de Mangualde tinha começado a produção das primeiras unidades pré-série dos novos veículos 100% elétricos.
No âmbito deste investimento, foi criada uma nova linha de montagem de baterias para os veículos elétricos produzidos em Mangualde e uma área de mais de 800 metros quadrados que "levou à criação de 63 novos empregos e à formação específica de toda a equipa técnica".
No que respeita ao próximo ano, e perante a possibilidade de as dificuldades no setor automóvel se manterem, a Stellantis não avançou previsões, porque a sua produção "depende dos pedidos do mercado que vão oscilando ao longo do ano".
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