Procura por casas novas é e será uma tendência, diz imobiliária espanhola

Estudo realizado pela imobiliária espanhola Solvia mostra que jovens casais à procura da primeira casa, o teletrabalho e idosos que procuram zonas tranquilas são alguns dos perfis de compradores de casas novas que surgiram com a pandemia.

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Ana Rita Soares
07/04/2021 10:14 ‧ 07/04/2021 por Ana Rita Soares

Casa

Casas novas

Em causa está o estudo realizado pela imobiliária espanhola Solvia, noticiado pelo Idealista, que conclui que a procura por casas novas é e será uma tendência, em Espanha. A pandemia da Covid-19 trouxe alterações no mercado imobiliário, mais concretamente no tipo de casas que as pessoas procuram, bem como nas respetivas localizações. 

A procura por habitações maiores e com espaço exterior, por exemplo, ganhou adeptos, bem como por imóveis localizados nas periferias das grandes cidades, dada a experiência do confinamento.

O perfil dos compradores também parece estar a mudar com a atual pandemia, visto que quem antes optava por adquirir imóveis usados está agora interessado em mudar-se para uma casa nova.

1 – Jovem casal à procura da primeira casa

A nova construção “começa a despertar o interesse dos jovens casais que procuram o seu primeiro imóvel”. “A vantagem de poderem trabalhar remotamente com serviços e onde os preços são bem mais ajustados, estão a contribuir para encarem as casas de construção nova como o ideais para começar uma nova etapa da vida e criar uma família”.

2 – Teletrabalhadores que se querem desconectar da cidade

Com o crescimento do trabalho remoto, muitas pessoas querem mudar-se para as periferias das cidades e até mesmo para outros municípios ou vilas distantes dos seus locais de trabalho. “Isso vai permitir que optem por um imóvel recém-construído muito mais adaptado às suas necessidades, onde possam teletrabalhar com conforto e, ao mesmo tempo, desconectarem-se durante o resto do dia”.

3 – Procura por uma segunda habitação

O estudo da Solvia revela que o impulso do teletrabalho também está a fazer com que as segundas habitações sejam consideradas como uma segunda residência. “Esta mudança de perceção fez com que os critérios de escolha destes imóveis fossem muito mais exigentes, alargando o foco para ativos novos”.

4 – Os que ‘fogem’ das reabilitações

Outro dos perfis que tem interesse em adquirir uma casa nova diz respeito às pessoas que já não estão dispostas a reabilitar a casa que têm ou a investir num imóvel usado que precise de obras, pois “procuram determinadas características habitacionais que até então não tinham, e desejam tê-las o mais rapidamente possível, sendo a construção nova a principal opção”..

5 – Idosos que procuram zonas tranquilas com espaços exteriores seguros

As casas novas e/ou recém-construídas também estão a encontrar candidatos idosos. “O fato de os ativos novos terem qualidades renovadas, áreas comuns ajardinadas e extras como piscinas ou espaços comunitários para exercícios está a fazer com que encarem seriamente a sua aquisição”.

6 – Mais investidores individuais

Num momento de incertezas, e com as taxas de juros em mínimos históricos, a habitação voltou a ser vista como um porto seguro e como uma boa alternativa de investimento. O estudo da Solvia destaca, nesse sentido, que apesar “da procura por rentabilidade ter sempre estado intimamente ligada aos imóveis usados, agora, com o crescimento da procura por novas construções, o investidor privado está a olhar para este mercado como uma oportunidade de obter benefícios”. 

 

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