Em Espanha, pouco mais de 1% das edificações têm índice de consumo A ou B, ou seja, 99% do estoque dos imóveis terá que passar por melhorias nas próximas décadas, segundo os últimos dados do Ministério da Transição Ecológica, adianta o Ejeprime, jornal espanhol especializado no setor imobiliário.
Nesse sentido, a renovação do parque habitacional em Espanha para conseguir edifícios com maior eficiência energética e assim cumprir os tratados internacionais de descarbonização da economia tem um longo caminho a percorrer.
De acordo com o plano enviado à Comissão Europeia pelo Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana, até ao ano 2050 prevê-se que o edifício tenha reduzido o seu consumo de energia em 36,6% face aos níveis atuais, e que o consumo de energia de fontes fósseis seja reduzido a praticamente zero.
No setor residencial, a economia será produzida principalmente no uso de aquecimento e água quente sanitária, que representam em média mais de 60% do consumo das residências. Em qualquer caso, e como primeiro passo, é necessário avançar na qualificação do consumo dos edifícios existentes.
O número de propriedades na Espanha com rótulos considerados eficientes é mínimo
Os dados mais recentes do Ministério da Transição Ecológica coletados em 2018 concluem que pouco mais de 1% das edificações possuem nota A ou B, ou seja, atualmente são consideradas de baixo consumo ou eficientes, as demais possuem notas piores.
Assim, a classificação C acompanha 4% dos edifícios, seguida de D (11%) e E (51%). Os 33% restantes das propriedades residenciais e terciárias têm um rótulo F e G. Uma certificação E ou pior consome 90% a mais do que a classificação máxima de eficiência energética.
Em declarações ao Ejeprime, Josep Ramon Fontana, diretor de estudos da o Instituto de Tecnologia da Construção da Catalunha, afirma que “é claro que devemos avançar na melhoria das notas, mas devemos refletir sobre a validade de longo prazo desse sistema quando buscarmos o consumo residencial de fontes fósseis próximas de zero”.
Nesse sentido, o Governo espanhol prepara deduções até 60%, a pedido do sector. O auxílio fiscal estará vinculado à melhoria da eficiência energética da casa, ou seja, à redução do consumo de não renováveis. O governo calcula um volume de ajuda de 450 milhões nos próximos anos.
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