A Worx, uma das principais consultoras imobiliárias em Portugal, analisou o impacto da Covid-19, no mercado de escritórios. O que concluiu? Que o impacto das certificações da eficiência energética não acrescenta custos associados às rendas.
"É certo que a sustentabilidade nos edifícios é obrigatória. Ainda assim, não tem de ser visto como um custo", afirma a Worx em entrevista divulgada na sua página oficial.
"É rentável e acrescenta valor às residências", continua, "sendo que há mesmo entidades que pretendem só investir neste setor."
Sublinhe-se que o mercado está cada vez mais exigente e passa para os projetos, uma vez que, o parque edificado corresponde a 30 % de consumo de energia, revela a consultora imobiliária.
Nesse sentido, note-se, "a pandemia veio reforçar a procura, por parte dos compradores, empresas e inquilinos, a nível do bem estar e saúde", acrescenta.
Para a primeira empresa em Portugal a desenvolver e formar uma equipa totalmente focada no Research, a Covid-19 provocou obrigatoriamente a reorganização das empresas, libertando para o mercado novos escritórios usados assim como novas oportunidades para subarrendar para além da nova oferta.
A par da digitalização e descentralização do espaço de trabalho existirão maiores exigências por parte da(o)s empresas/inquilinos, dando destaque a modelos mais eficientes e em linha com os compromissos de descarbonização.
"A pandemia abrandou muito esta procura. Ainda assim, acreditamos que Lisboa vai conseguir reaver esta atratividade, sendo que a falta de oferta de edifícios com dimensão e qualidade vai deixar de asfixiar esta oferta", refere a Worx.
A consultora imobiliária em Portugal reforça, ainda, que, numa altura em que a procura é seletiva e existindo a necessidade de uma oferta diferenciadora de edifícios eficientes e energeticamente sustentáveis, há que aumentar o valor acrescentado para perpetuar a captação de investimento estrangeiro no longo prazo, destacando cada vez mais o país dos restantes mercados dos países europeus.
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