O conceito de Casa Passiva (Passive House) define-se pela construção baseada em estratégias passivas, explica a Universidade de Aveiro, que resulta no baixo consumo de energia, garantindo um elevado conforto térmico dos espaços interiores através de um "pulmão" que estabelece um caudal de ar mínimo constante, necessário para manter a qualidade e salubridade do ar interior.
Este tipo de casa define assim um padrão construtivo internacional que resulta em edifícios de elevada eficiência energética, resultando num elevado conforto térmico interior, sustentáveis e economicamente competitivas.
Este método construtivo, salienta a Universidade, resulta da otimização do exercício da engenharia e arquitetura, articulados, utilizando os recursos disponíveis da forma mais inteligente possível para conseguir tirar o melhor proveito dos mesmos.
A construção segundo o conceito de Casa Passiva assenta inicialmente em cinco princípios fundamentais:
- Bom nível de isolamento térmico da envolvente opaca;
- Minimização das pontes térmicas;
- Estanquidade ao ar;
- Ventilação mecânica com recuperação de calor;
- Envidraçados eficientes.
Deste modo de construir e reabilitar resultam cinco consequências favoráveis:
- Excelente qualidade do ar interior;
- Conforto térmico sem diferenciais de estratificação em altura ou junto de elementos sensíveis (envidraçados e pontes térmicas);
- Reduzido consumo energético (que se traduz em poupança na fatura elétrica);
- Ausência de anomalias de origem térmico-higrotérmica;
- Durabilidade e qualidade da construção.
Aos cinco princípios definidos na sua génese, junta-se ainda o exercício de conceção bioclimática, revela a Universidade de Aveiro. Princípio este que, juntamente com os restantes, devolve aos profissionais de engenharia e arquitetura a arte de planear, conceber, pormenorizar e detalhar.
Em Portugal
Pouco vulgarizadas no nosso país, as casas passivas limitam-se a quatro já certificadas, nas zonas de Aveiro e do Porto, tal como explica a DECO Proteste, de acordo com o mais recente estudo referente a este tipo de casas.
Em Portugal, a rede Passive Houses existe desde 2012, com a construção dos primeiros edifícios certificados e a criação da Associação Passivhaus Portugal. A rede conta com centenas de profissionais certificados, dezenas de empresas associadas, componentes certificados e protocolos de cooperação com universidades e institutos portugueses.
Rede Passive House em Portugal é já uma realidade e está continuamente a ser fortalecida
Isto demonstra a capacidade que existe para implementar Passive Houses em todo o território, refere a Associação Passivhaus Portugal, na sua página oficial.
A Associação Passivhaus Portugal é filiada no iPHA (International Passive House Association). Existe uma entidade formadora em Portugal acreditada pelo PHI (Passivhaus Institut), a Homegrid, que é também a única entidade em Portugal habilitada a fazer a certificação de Passive Houses.
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