Quando comparadas "a percentagem de empresas que não beneficiaram de apoio comunitário à eficiência energética (88,4%) e a sua ligação com as respostas dadas (ao inquérito sobre a importância do papel das empresas na retoma do crescimento económico) sobre a importância da criação de benefícios fiscais para apoiar as empresas no processo de transição energético, totalizando 93% das respostas de interesse, onde 67% das empresas considera extremamente importante e 26% responde que é importante e apenas 7% refere pouco importante", pode-se considerar relevante.
Quem o diz é a FI Group que, de acordo com o seu mais recente inquérito, permitiu concluir a importância do papel das empresas portuguesas na retoma do crescimento económico e nas metas a atingir na eficiência energética, assumindo-se como crucial a sustentabilidade aliada à redução de custos.
Cerca de 54% das empresas revela forte interesse na realização de investimentos para o aumento da eficiência energética até 2026, e como tal, o efeito de sustentabilidade aliada à redução de custos, especialmente importante em tempo de pandemia são as duas principais motivações para esta aposta empresarial. Ainda assim, 75% das empresas não tem em curso algum tipo de Plano de Racionalização de Consumos Energéticos (PREn).
Na resposta à questão "qual a importância da criação de benefícios fiscais para apoiar as empresas no processo de transição energético?”, é possível afirmar a motivação do tecido empresarial, no desenvolvimento dos novos mecanismos de financiamento (66,7%), importante para aferir o nível de compromisso com as respostas apresentadas e com a procura de novas capacidades competitivas da economia portuguesa.
Relativamente ao processo de decisão na escolha de medidas de melhoria de eficiência energética, a maioria das empresas sinaliza como "muito importante" a redução da fatura energética (euros por ano) e a melhoria do desempenho energético.
Perto de 50% das empresas refere que a parcela de custos energéticos nas despesas da instalação está entre (20 a 40%) da sua estrutura de custo e com óbvias repercussões na sua competitividade. Sendo que mais de 90%, mais especificamente 92,8%, das empresas considera importante a criação de benefícios fiscais para apoiar as empresas no processo de transição energética.
Saliente-se que, do ponto de vista territorial, o inquérito foi realizado entre 03 e 11 de maio e permitiu a auscultação a 138 entidades. Efetuou-se uma análise por NUTS II (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve) e as duas NUTS I (Açores e Madeira). E, tal como seria de esperar, existe um maior peso de respostas associadas às regiões Norte, Centro e LVT, afirma a FI Group.
Para tal, obteve-se 61 respostas referentes à região Norte (44,2%), 33 respostas da região Centro (23,9%), 36 respostas da região LVT (26,1%), totalizando a grande maioria das respostas (94,2%). Em relação às restantes regiões, registou-se 3 respostas da NUTS Alentejo (2,2%), 2 referentes ao Algarve (1,4%), 2 da Madeira (1,4%), e 1 dos Açores (0,7%).
Dos inquiridos, três sectores identificados com 8,7% da contagem foram a Construção (4 respostas, 2,9%), o comércio por grosso (4 respostas, 2,9%) e as atividades imobiliárias (4 respostas, 2,9%).
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