Os preços das casas voltaram a subir no primeiro trimestre, mas, desta vez, a um ritmo mais lento. Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no 1.º trimestre de 2021, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 5,2% em termos homólogos. Um valor que cai para 1,6% quando comparado com o final do ano passado.
Embora a subida dos preços no primeiro trimestre tenha sido comum aos dois tipos de habitações, foi mais acentuada nas habitações existentes (5,4%) do que nas habitações novas (4,5%). Em termos de ritmos de crescimento, os preços das casas novas caíram 12%, acima da queda de 71,% das casas existentes, mostram os dados do INE.
Nos primeiros três meses deste ano, o INE faz notar que foram vendidas 43.757 habitações com um valor total de 6,9 mil milhões de euros, traduzindo-se assim num aumento, face ao primeiro trimestre do ano anterior, de 0,5% em janeiro e de 2,5% em março de 2021.
Em janeiro e fevereiro, foram vendidas menos casas, evidenciando reduções de 8,3% e 14,1%, respetivamente. E de 8,3% e 8,5%, pela mesma ordem, em valor. Razão que o INE justifica com a introdução das "restrições à mobilidade com o agravamento da pandemia e que comparam com dois meses de 2020 em que a pandemia estava apenas a iniciar o seu efeito", sustenta o INE.
Já em sentido inverso, em março, as vendas realizadas dispararam aproximadamente 27,5% em termos homólogos, quer em número quer em valor, "refletindo em grande medida um efeito de base devido à comparação incidir sobre março de 2020, mês já fortemente afetado pela pandemia COVID-19."
Entre o quarto trimestre de 2020 e o primeiro deste ano, o INE regista uma redução de 12% no número de transações de alojamentos (-11,6% no 1.º trimestre de 2020), e uma redução mais significativa, neste período, das transações de habitações existentes (-12,1%) do que as habitações novas (-11,3%).
O valor dos alojamentos transacionados, no último trimestre, ascendeu a 6,9 mil milhões de euros, dos quais 5,6 mil milhões de euros referente a alojamentos existentes e 1,3 mil milhões de euros a alojamentos novos, representando aumentos homólogos de 2,5%, no caso do total, e de 4,1% na categoria das habitações existentes.
Relativamente às habitações novas, o valor apurado pelo INE evidencia uma redução de 3,7% relativamente ao mesmo trimestre de 2020.
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