Construção de piscinas em casa desce 16% em Portugal face a 2020

Apesar de se ter assistido a um maior investimento na decoração e em artigos de casa, durante a pandemia, a construção de piscinas nas habitações portuguesas caiu 16% face a 2020. De acordo com estudo da Fixando, 71% diz que não consegue encontrar profissionais qualificados.

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Notícias ao Minuto
06/07/2021 12:29 ‧ 06/07/2021 por Notícias ao Minuto

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Estão a ser construídas menos piscinas em Portugal, ainda que se tenha assistido a um maior investimento na decoração e em artigos de casa, durante a pandemia. De acordo com o comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, o mercado da construção de piscinas caiu cerca de 16% face a 2020 e o preço médio da instalação baixa na ordem dos 17%.

Estas conclusões surgem do estudo da Fixando, uma das plataformas nacionais de contratação de serviços locais, que realizou um inquérito a cerca de 8.695 utilizadores, entre os dias 29 de junho e 02 de julho de 2021.

Segundo a mesma nota, dos inquiridos pela plataforma, 85% não tem piscina em casa e 75% não quer ter, devido a custos elevados, impostos altos, ou fraco retorno de investimento. Sendo estas algumas causas apontadas à diminuição da procura destes serviços, e "nem o verão veio impulsionar o setor, que atravessa uma fase difícil", adianta a mesma fonte na análise à compra destes equipamentos, refere a Fixando.

De acordo com a plataforma de contratação de serviços locais, não é apenas a procura deste tipo equipamentos que cai, mas também a oferta de profissionais. Ou seja, cerca de 71% dos inquiridos diz que não consegue encontrar profissionais qualificados para realizar serviços na área da construção de piscinas.

Para a Fixando, isto revela que a crise agrava-se no setor, e muitos profissionais procuram outros mercados melhor remunerados, quando o mercado interno dá sinais de retração, lê-se no documento. 

"Notamos que, quer a procura de profissionais e serviços, quer a oferta está a diminuir, (…) e os profissionais qualificados sentem necessidade de procurar outros mercados mais rentáveis”, explica Alice Nunes, diretora de Novos Negócios da Fixando, citada em comunicado.

Em Portugal, a crise sentida pelo agravamento da pandemia, aliada aos salários precários e às fracas condições de trabalho, levam muitos profissionais da área da construção civil a emigrar para países onde as condições salariais e de empregabilidade são melhores. 

“A pandemia e a redução do rendimento disponível obriga as famílias a fazer escolhas rigorosas, na escolha de equipamentos considerados de luxo (…) porque as famílias têm menos dinheiro para a aquisição destes equipamentos”, sustenta a responsável.

O mesmo inquérito mostra ainda que também climatização não tem a procura dos anos anteriores, com uma queda na procura de profissionais desta área na ordem dos 19%, apesar do preço médio por serviço ter baixado cerca 24%.

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