A consultora imobiliária internacional Savills estima que o mercado de escritórios deverá crescer até 2022 em Lisboa e no Porto. De acordo com o comunicado enviado às redações, para o biénio 2021-2022, prevê-se um aumento de 100 mil m2 em novos espaços para escritórios na cidade Invicta e uma subida de cerca de 166 mil m2 na capital portuguesa.
Estas conclusões surgem no mais recente estudo da consultora imobiliária, intitulado “Portugal no Radar dos Business Service Centres (BSC): a Atratividade do Mercado Imobiliário, Edição 2021”, divulgado esta quarta-feira.
Segundo a mesma nota, Lisboa conta com uma taxa de disponibilidade de 7,04%. Enquanto no Porto, a ocupação por parte de empresas tecnológicas é bastante significativa face a outros setores, representando uma percentagem expressiva das empresas que entram e se expandem neste mercado.
Mercado de escritórios no Porto verá crescer o seu stock
Num total de 18 projetos, o mercado de escritórios no Porto verá crescer o seu stock, assegurando, assim, a sua competitividade face a capitais europeias que se posicionam como destinos com potencial para receber ocupantes internacionais que procuram localizações estratégicas para estabelecerem, relocalizarem ou expandirem os seus centros de operações.
A sua expansão será mais expressiva nas zonas periféricas do centro da cidade, incluindo nos concelhos vizinhos da Maia, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, lê-se no documento.
A Savills faz ainda notar que a cidade do Porto posiciona-se agora como uma das cidades europeias mais atrativas para visitar, viver e investir, depois de um grande processo de reabilitação urbana que operou uma remodelação de elevada qualidade, respeitando o carácter histórico e patrimonial da cidade e, ao mesmo tempo, apostando na construção de raiz de edifícios que se distinguem pelas suas linhas arquitetónicas inovadoras.
A aposta na renovação e colocação de oferta no mercado de escritórios em Lisboa tem sido a resposta
De acordo com o mesmo estudo, desde 2014, o mercado de escritórios em Lisboa tem crescido continuamente, conseguindo, a partir de 2018, alcançar uma taxa de absorção anual superior a 200 mil m2.
Nos últimos anos, a aposta na renovação e colocação de oferta no mercado de escritórios da capital tem sido a resposta, ainda que insuficiente, a uma procura muito dinâmica, agora com novas necessidades de ocupação e formas de organização que se refletem nos espaços de trabalho, refere a Savills.
Atualmente, o mercado de escritórios de Lisboa, composto por sete zonas, compete com as grandes capitais europeias, beneficiando da internacionalização e da expansão de renomadas empresas multinacionais, dedicadas aos mais diversos setores de atividade.
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