"Temos de fazer tudo o que pudermos para evitar o desgosto das famílias e a angústia económica dos proprietários", afirmou Gene Sperling, conselheiro sénior do presidente Joe Biden, na Cúpula de Prevenção de Despejos da Casa Branca.
Em causa, estão milhões de americanos com pagamentos de arrendamento atrasados que correm o risco de serem expulsos das suas casas.
Assim, a administração de Biden pediu aos estados e às cidades americanas na quarta-feira para que se movam rapidamente de forma a obter a assistência federal para os milhões de famílias que estão atrasadas no arrendamento da casa, por causa da pandemia, revela a CNBC.
A proibição nacional de despejos expirará no final deste mês, mesmo que mais de 11 milhões de americanos, ou 16% dos locatários dos EUA, digam que ainda não estão atualizados com seus pagamentos de arrendamento, de acordo com uma análise do The Center on Budget and Policy Priorities.
De acordo com a CNBC, mais de 45 biliões de dólares americanos (aproximadamente 38,23 biliões de euros) estão disponíveis na assistência ao arrendamento, disponibilizados pelo Governo norte-americano, nos dois últimos grandes pacotes de estímulo. Mas até o final de junho apenas 3 biliões de dólares (2,55 biliões de euros) haviam atingido as famílias, de acordo com dados do Departamento do Tesouro dos EUA.
Esta demora surge das exigências implementadas pelos programas encarregues de distribuir os fundos, defendem os especialistas. Outro motivo recai nos proprietários que recusaram o financiamento por não querem concordar com os termos.
Nesse sentido, de forma a mitigar este problema, o governo Biden está a encorajar os respetivos programas a aceitar inquilinos sem exigir documentação, sendo que atualmente, pouco mais de metade já se encontra a fazer isso.
"Isso é contra a direção da Casa Branca e tem um efeito de retardar o processo para todos e eliminar pessoas mais necessitadas", revelou Diane Yentel, presidente e CEO da Coalizão Nacional de Habitação de Baixa Renda, em declarações à CNBC.
A Casa Branca também revelou que os programas deverão permitir pagamentos diretos aos locatários, se os seus proprietários rejeitarem a ajuda, e permitir que os inquilinos apliquem esse financiamento para adquirir novas casas, se necessário.
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