Nas próximas décadas, os americanos que trabalham ao ar livre poderão vir a descobrir que está simplesmente demasiado calor para fazer o seu trabalho sem arriscar a sua saúde. Até 2050, quase 60% dos trabalhadores ao ar livre, como os profissionais da construção civil, poderão experimentar níveis elevados de calor, pelo menos uma semana, tornando-se demasiado perigoso para exercer a sua função, segundo revela o The Guardian.
Segundo o jornal britânico, quase um em cada cinco trabalhadores ao ar livre poderá experimentar pelo menos um mês de dias muito quentes e atualmente, menos de 10% dos trabalhadores já trabalha sob temperaturas elevadas.
"Se não reduzirmos as nossas emissões de calor, milhões de trabalhadores ao ar livre vão estar cada vez mais expostos a níveis de calor perigosos até meados do século", revelou Kristina Dahl, coautora do relatório publicado esta terça-feira pela Union of Concerned Scientists.
Cerca de 32 milhões de americanos têm atualmente profissões ao ar livre, onde grande parte do seu dia é passado lá fora, sendo que os trabalhadores ao ar livre nos EUA enfrentam até 35 vezes o risco de morrer de exposição ao calor do que a população em geral. Nesse sentido, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) já recomendou que sejam reduzidos os horários de trabalho dos mesmos, quando o índice de calor atinge os 38.ºC e os 42.ºC.
Ainda assim, segundo o The Guardian, atualmente, apenas dois estados, Califórnia e Washington, têm normas federais de segurança térmica para a segurança dos trabalhadores ao ar livre.
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