"Passámos de quatro para doze campos, em comparação com o ano passado, porque tivemos maior mobilização de voluntários e de parceiros locais. Tem sido uma mobilização fantástica", contou à agência Lusa José Afonso, que se encontra no campo de Tondela.
Durante estes campos de verão, que este ano começaram em julho e terminam em setembro, os voluntários do Just a Change reabilitam casas de forma a mudar a realidade de quem nelas vive.
"A pandemia chamou a atenção de todos para a importância da casa. O nosso trabalho este ano é particularmente importante", frisou o responsável, contando que houve famílias "que este ano passaram a ter uma casa de banho e um telhado em condições, janelas novas e espaços para os filhos estudarem com mais condições".
No total, os campos deste verão terão cerca de cem beneficiários. Em Tondela, encontram-se atualmente 40 voluntários, a trabalhar em quatro casas.
"Um telhado completamente podre, uma casa que não tinha casa de banho e um adolescente que não tinha um quarto próprio" são algumas as situações que estão a ser resolvidas neste concelho do distrito de Viseu.
Segundo José Afonso, o valor médio investido em cada casa varia entre os oito e os dez mil euros, beneficiando a economia local.
"Os projetos têm impacto local nos fornecedores e nos técnicos de obra. O impacto do projeto é multiplicado porque o investimento é feito localmente", frisou.
Alcanena, Óbidos, Sever de Vouga (por duas vezes), Faro, Loulé, Alandroal, Portimão, Lagoa, Vila Pouca de Aguiar, Tondela e Torres Vedras foram os concelhos escolhidos para os campos deste verão.
Esta é a sétima edição de um projeto que teve início em 2015 e que já aumentou em cerca de 800% o seu volume de intervenção.
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