Quando instalados adequadamente, os 'telhados verdes' apresentam mais vantagens do que desvantagens. Isto porque a vegetação reflete a maior parte da luz solar direta, em vez de absorvê-la e a humidade presente na vegetação e no substrato impedem o ganho de calor na estrutura, proporcionando assim uma economia de energia para o resfriamento, segundo explica o Archdaily. Mas vamos por partes.
Em primeiro lugar, importa saber que um 'telhado verde' consiste numa camada de vegetação colocada na superfície do teto das casas e edifícios. A sua constituição começa com uma espessura de camada de terra destinada para ser plantada a respetiva vegetação. Sob o substrato, inclui-se uma manta geotêxtil, que deixará a água passar. Por fim, abaixo destes, junta-se mais uma camada drenante, onde a água permanecerá armazenada, e uma camada que impossibilita o crescimento de raízes para evitar infiltrações.
A criação de 'telhado verdes' pode mitigar alguns problemas relevantes do ambiente, revela a plataforma. De acordo com a EPA (Environmental Protection Agency), o uso de 'telhados verdes' em cidades pode moderar o efeito do calor, especialmente durante o dia.
Saliente-se que as temperaturas dos 'telhados verdes' são entre 16.ºC e 22.°C mais baixas do que os telhados convencionais e podem reduzir a temperatura ambiente da cidade até 3.°C. Ou seja, tratam-se de dispositivos altamente eficientes para reduzir as ondas de calor urbanas.
Outra questão crucial é que o 'telhado verde' também ajuda a controlar o escoamento e a retenção de águas da chuva. Isto porque os telhados com jardins e vegetação atuam de forma a amortecer e a filtrar uma boa parte destas impurezas.
De acordo com dados de um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia, os 'telhados verdes' capturam até 80% da chuva, em comparação com os 24% típicos dos telhados padrão. À medida que as plantas dos 'telhados verdes' amadurecem e os sistemas de raízes crescem, a retenção de água da chuva pode até aumentar, faz notar o Archdaily.
Outros dois benefícios recaem na possibilidade de trazer mais espaços para agricultura urbana e, por conseguinte, um novo habitat para plantas e animais, ajudando assim a aumentar a biodiversidade.
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