No primeiro trimestre de 2021, o investimento em habitação especializada para idosos na Europa atingiu os 4 mil milhões de euros, de acordo com um relatório elaborado pela consultora britânica Savills, a que o jornal Ejeprime teve acesso. Este valor representa um aumento do investimento em 38% face à média dos últimos cinco anos.
De acordo com os dados da consultora imobiliária, este segmento conseguiu contornar a pandemia e em 2020 as transações situaram-se em 7.500 milhões de euros, apenas 4% abaixo de 2019, que fechou como um ano recorde. Para este ano, a Savills estima que volte a ser batido um recorde de investimento no sector, refere o jornal espanhol.
No primeiro trimestre do ano, 60% do investimento veio de capital estrangeiro, o valor mais alto de que há registo. Sendo que Bélgica, França, Luxemburgo, Estados Unidos e Suécia foram os países que lideraram o investimento.
Por outro lado, o investimento concentra-se na Alemanha e no Reino Unido, que representam 54% do investimento total no último ano. Ainda assim, a consultora adverte que o interesse pelo segmento está a expandir-se na Europa e que os investimentos aumentaram em Espanha, Suécia e Itália durante os últimos 12 meses, escreve o Ejeprime, citando a consultora imobiliária.
Para a Savills, este tipo de investimento surge porque estima-se que a população com mais de 65 anos represente cerca de 30% da população, em 2050. Já a população com mais de 80 anos representará 11% da população, de acordo com as previsões da Comissão Europeia.
Embora o envelhecimento da população seja desigual entre os países, como Itália, Alemanha ou Portugal, as residências para idosos representaram 76% do investimento nos últimos cinco anos. "O setor está mais desenvolvido nesta área do que em habitações independentes especializadas, um segmento que está apenas a emergir em alguns países da Europa", sustenta a consultora.
Leia Também: Círculo de Mestres investe 16 milhões para abrir duas residências sénior