O 'Prémio Nacional de Arquitetura em Madeira 2021' (PNAM) foi atribuído à obra 'Casa no Castanheiro' da autoria do arquiteto João Mendes Ribeiro. De acordo com o Espaço de Arquitetura, que adianta com a informação, este projeto ganhou ainda duas menções honrosas do júri, de 'Sustentabilidade e Economia Circular' e 'Tipologia de Materiais'.
Com construção de Civifran Construções, carpintaria de C&A Francisco Casa das Madeiras e como dono de obra MIGUEL Sobral e Helder Silva, "a 'Casa do Castanheiro' parte da ideia do lugar", começa por revelar o júri do PNAM, em comunicado a que o Archdaily teve acesso.
"A referência ao Genius Loci, que o autor do projeto evoca como ponto de partida, sintetiza a essência da produção arquitetónica. Deslocando o interesse do objeto arquitetónico para a relação com o sítio e para o ambiente com que se vai relacionar, (…) consiste numa reflexão crítica sobre o 'Habitar'", sustenta.
Segundo a plataforma, foram também atribuídas mais duas menções honrosas. De 'Sustentabilidade e Economia Circular' à obra 'Praça Pública da Quinta do Brasileiro – Filigrana de Madeira' da autoria dos Arquitetos José Manuel Botas Pequeno e Ricardo Nelson do Vale Afonso, e de 'Tipologia de Materiais' à obra 'Melo Leote', da arquiteta Joana Leandro Vasconcelos.
Por referência ao projeto 'Praça Pública da Quinta do Brasileiro – Filigrana de Madeira', o júri do PNAM considera que "a intervenção desta estrutura revela particular sensibilidade no recurso à madeira para a definição de uma estrutura leve, que complementa a perenidade da construção e natureza preexistente com um estratégico laivo de contemporaneidade."
Já quanto à obra 'Melo Leote', esta "trabalha a preexistência sob um princípio de camadas de tempo. Aqui, a contemporaneidade toca o passado apenas onde necessário, dotando-o das ferramentas necessárias para enfrentar um novo futuro."
De realçar que o Prémio Nacional de Arquitetura em Madeira (PNAM), que vai na sua 6.ª edição, é um prémio bienal que tem como objetivo incentivar e promover a fileira florestal portuguesa através da inovação, valorização, circularidade, promoção e utilização da madeira e seus derivados em edificações.
Destina-se a premiar obras com carácter permanente, realizadas em território nacional, que evidenciem o uso da madeira como material relevante na Arquitetura e que sejam da autoria de Arquitetos inscritos na Ordem dos Arquitetos, faz ainda notar a plataforma.
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