"Com o final das moratórias públicas, são muitas as famílias que procuram alternativas e soluções para não sentirem um grande impacto nas suas contas mensais", começa por relevar Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças. "Encontram-se à nossa disposição algumas opções que nos podem vir a facilitar o equilíbrio do nosso orçamento familiar. Pedir a revisão de condições do nosso crédito habitação ou novas propostas a outros bancos, encontram-se entre elas”, sustenta o responsável.
Caso não esteja satisfeito com as condições apresentadas pelo seu banco atual, poderá recorrer à transferência do crédito à habitação, segundo informa o Doutor Finanças. Contudo, numa altura marcada pelo fim das moratórias, é possível que um pedido de revisão do crédito dite um aumento do spread.
Segundo a plataforma especializada em finanças pessoais e familiares, quando pedimos ao banco para rever as condições do nosso crédito, poderá ser apresentada uma proposta que reduz o encargo mensal, mas que implique um custo total maior, pois é possível que o banco prolongue o prazo do contrato.
Por outro lado, se a instituição considerar que o risco de o cliente falhar o pagamento é alto, é possível que apresente uma proposta com um spread mais elevado. Mais ainda, a transferência de crédito pode acrescer custos associados, como a escritura, a comissão de reembolso antecipado de crédito e outras comissões associadas ao processo.
No entanto, as novas condições propostas pelo banco podem sempre ser recusadas pelos clientes. Contudo, no caso de dificuldades financeiras, o mais importante é não entrarmos em incumprimento, sugere a plataforma.
Fim da moratória de crédito
São muitas as famílias que estão agora a retomar o pagamento dos seus créditos habitação, depois de um ano e meio a beneficiar de moratórias, recorda o Doutor Finanças. Assim, para as pessoas que estão com maiores dificuldades financeiras, é determinante saber quais as opções para evitar o incumprimento.
Entre as possibilidades, estão a carência e o diferimento de capital. A primeira permite adiar a amortização do crédito, ficando apenas a pagar-se os juros, tal como nas moratórias. Já o diferimento de capital permite deixar para o final do contrato uma parte do capital em dívida. Porém, como uma parte significativa do empréstimo fica para o final do contrato, o custo será mais elevado, faz notar a plataforma.
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