No 1.º semestre de 2021, os estrangeiros investiram 324,7 milhões de euros na compra de 625 casas na Área de Reabilitação Urbana1 (ARU) de Lisboa. De acordo com a Confidencial Imobiliário, este montante apresenta uma quebra de 19% face ao 2.º semestre de 2019, quando a compra de casas por estrangeiros neste território ascenderam a 398,7 milhões de euros. Note que a ARU de Lisboa cobre o território da capital, excluindo algumas zonas como o Parque das Nações, as Laranjeiras ou a Alta de Lisboa.
Segundo os dados hoje divulgados, em número de imóveis adquiridos, a descida é de 28%, em comparação com os 870 imóveis transacionados. Trata-se também do montante semestral investido por estrangeiros mais baixo desde o 1.º semestre de 2018, salienta a Confidencial Imobiliário.
A atividade nos primeiros seis meses do ano fica ainda abaixo de qualquer um dos semestres do ano passado, quer em número de operações quer em montante. No montante investido, as descidas rondam os 15% e no número de imóveis adquiridos chegam a atingir os 20%, lê-se no documento.
Deste modo, o capital estrangeiro passou a representar 31% de todo o investimento residencial na ARU de Lisboa, uma queda face aos 37% registados no pré-Covid e aos 40% observados ao longo do ano passado.
Ainda no 1.º semestre de 2021, o investimento em habitação totalizou 726 milhões de euros correspondentes a 2.108 imóveis adquiridos, sendo que o montante nacional aumentou 5% face a 2019 e cerca de 25% relativamente a qualquer um dos semestres de 2020.
Já os estrangeiros subiram o montante médio por operação, posicionando o seu 'ticket médio' de investimento em 521,1 mil euros. Este valor fica mais de 51% acima do montante médio investido pelos portugueses no mesmo período (345,9 mil euros).
Por nacionalidades, de entre 58 nacionalidades distintas, os franceses são os líderes na aquisição, com 22% do montante alocado pelos estrangeiros. Seguem-se os britânicos com 14%, os chineses (12%), os norte-americanos (8%), e os brasileiros (7%).
Já por freguesias, a de Santo António continuou a ser o principal destino do investimento estrangeiro em habitação na ARU de Lisboa, agregando 15% do montante investido (48 milhões de euros). Esta freguesia disputa agora a liderança com as Avenidas Novas, que somam 47 milhões de euros em aquisições internacionais (14%).
Faz ainda sobressair o mesmo documento que, de entre as cinco freguesias mais procuradas pelos estrangeiros, incluem-se ainda Arroios (45,5 milhões de euros) e Estrela (44 milhões de euros), ambas com quotas de 14%, bem como a Misericórdia (36 milhões de euros), com uma quota de 8%.
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